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Instituto SENAI aprimora detecção de irregularidades em pescado e em iogurte

Pesquisas utilizam técnicas avançadas, como sequenciamento de DNA para alcançar resultados mais efetivos em pesquisas para identificar se a espécie de peixe é exatamente a anunciada ou se a houve adição indevida de leite de vaca em iogurtes de leite de cabra, ovelha ou búfala

Florianópolis, 17.10.2024 - Pesquisadoras do Instituto SENAI de Alimentos e Bebidas, sediado em Chapecó, desenvolveram técnicas para evitar irregularidades no comércio de pescados e de iogurte de leite de cabra, ovelha ou búfala. As pesquisas permitem garantir ao consumidor a aquisição da espécie do peixe anunciado e que o iogurte não esteja indevidamente contaminado com o leite de vaca. Estes são dois dos oito trabalhos da instituição selecionados para o Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, encerrado nesta quinta (17), em Florianópolis.

Conforme a coordenadora do Instituto, Andressa Casarin, pesquisas que aprimoram as metodologias de detecção de inconformidades ajudam a combater a concorrência desleal e ajudam a garantir a segurança do consumidor.

Pescados

A identificação das espécies de pescado se dá por meio da técnica de sequenciamento de DNA. Nos ensaios realizados no Instituto SENAI, a metodologia se mostrou altamente eficaz. Durante a análise, as amostras foram identificadas corretamente como tilápia (Oreochromis niloticus), reforçando a precisão e confiabilidade da técnica. Essa inovação traz mais segurança para consumidores e transparência para o mercado de pescados. No Congresso, o trabalho é apresentado por Marina Zuffo, especialista do Instituto.

Marina Zuffo (foto: Yasmine de Melo Barradas)

Leites e derivados

Estudo conduzido pelo Instituto SENAI e pelo UniSENAI validou um protocolo  para detecção de leite de vaca em iogurtes vendidos como leite de cabra, ovelha e búfala. Mesmo com pequenas quantidades de leite bovino (até 0,5%), o DNA da espécie modificadora foi identificado, demonstrando a alta sensibilidade do método. A pesquisa, que foi apresentada pela especialista em microbiologia e biologia molecular do Instituto Luana Araújo, reforça a eficácia dessa abordagem para garantir a autenticidade de produtos lácteos, protegendo tanto consumidores quanto a concorrência leal. 

Luana Araújo (foto: Yasmine de Melo Barradas)


Também na linha de combate a infrações comerciais, há um estudo, igualmente apresentado por Marina Zuffo, que aponta a elevada sensibilidade dos métodos oficiais para identificar adulteração do leite, o que sugere a eficácia dessas metodologias na identificação e quantificação precisa desses componentes no leite. O estudo teve por fundamento a importância de técnicas analíticas precisas na identificação de substâncias indesejadas. O objetivo da pesquisa foi fortalecer a segurança alimentar e a integridade dos produtos lácteos no Brasil.

Elisa e Crivian
As pesquisadoras e docentes Elisa Sonza e Crivian Pelisser (foto: Yasmine de Melo Barradas)

Qualidade de produtos e Food Defense

Trabalhos no campo de food defense e qualidade de produtos, desenvolvidos no âmbito da pós-graduação em alimentos do UniSENAI, campus de Chapecó, também foram selecionados, , ambos com apresentação realizada pelas docentes Elisa Sonza e Crivian Pelisser. Um desses trabalhos é o mapeamento dos riscos nas áreas de uma indústria de alimentos para reduzir a probabilidade de contaminação intencional ou sabotagem. O outro case trata de monitoramento do teor de umidade em requeijão cremoso. Os outros dois trabalhos selecionados trataram de ensaios para detectar contaminações em água e frango e foram apresentados por Ana Paula Biazus.

Ana Paula Biazus  apresentou pesquisas sobre contaminação de água e frango (foto: Yasmine de Melo Barradas)

Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia

Com uma rede composta por 28 institutos de inovação e mais de 60 institutos de tecnologia, o SENAI apoia a atualização tecnológica e o desenvolvimento de produtos e processos para a indústria brasileira. A rede oferece serviços de consultoria, metrologia e projetos de inovação, promovendo também parcerias com universidades, centros de pesquisa e investidores.

Em Santa Catarina, são 10 unidades, sendo três de inovação, que são referências nacionais em Processamento a Laser, Sistemas de Manufatura e Sistemas Embarcados. Os institutos de tecnologia em Alimentos e Bebidas, Cerâmica, Madeira e Mobiliário, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, Têxtil, Vestuário e Design atendem os principais segmentos da indústria catarinense. Já os institutos Ambiental e de Excelência Operacional oferecem soluções em sustentabilidade e melhoria de processos produtivos para qualquer setor.

Clique nos links para saber mais sobre:

 

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - Gecor
 

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