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Infraestrutura e educação desafiam SC

Durante encontro com lideranças estaduais do Banco do Brasil, o presidente da FIESC disse que os gargalos nessas áreas impedem um crescimento mais consistente e sustentado

Florianópolis, 22.11.2017 – A economia catarinense cresceu 3,1% no acumulado do ano até setembro, abriu 46,1 mil vagas de emprego até outubro, puxada pela indústria de transformação (29 mil vagas), e registra a menor taxa de desocupação do País (6,7%). Apesar do desempenho positivo, Santa Catarina tem desafios. “Um deles é melhorar o nível de escolaridade dos trabalhadores e o outro, provavelmente o mais grave, é a questão da infraestrutura, apesar do amplo programa de investimentos do governo do Estado na área”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, durante o Encontro de Lideranças do Banco do Brasil em Santa Catarina (Enlid-SC), que ocorre nesta quarta e quinta-feira (22 e 23), em Florianópolis. Ele participou do painel mercado ao lado do superintendente do Banco no Estado, Ulisses Assis, do economista-chefe da instituição, Élcio Gomes, do presidente da Faesc, José Zeferino Pedroso, e do diretor industrial da Irmãos Fischer, Ingo Fischer Júnior.  

Côrte salientou que as rodovias são praticamente o único modal do Estado e há uma distância de 700 quilômetros que separam os centros produtores, como é o caso do Oeste, dos portos, que escoam a produção. “Precisamos melhorar muito isso. O nosso custo de logística está acima da média brasileira. Portanto, talvez esse seja o maior gargalo que temos para manter um investimento mais acentuado, consistente e sustentado da economia catarinense”, completou. Ele informou que o custo de logística é da ordem de 14%. “Isso significa que de cada R$ 100 faturados pela indústria, R$ 14 são alocados no setor de logística. No Brasil, isso está em torno de 11% a 12%. Portanto, nossos produtos já saem com uma certa desvantagem da porta da fábrica para fora”, explicou, salientando que a FIESC permanentemente acompanha o tema e tem levado as demandas ao governo federal.

O economista-chefe do Banco disse que a sustentação da retomada precisa ser acompanhada por um ciclo de investimento, especialmente em infraestrutura. Ele explicou que a recuperação está sendo puxada pelo consumo, contudo, precisa de sustentabilidade. “Estou convicto que só o consumo não basta. Tem que convergir investimento, consumo e produtividade, com a participação do setor privado”, avaliou Élcio, salientando que o governo não tem mais recursos para fazer os investimentos. Então, o papel do setor privado ganha relevância.

Ingo, da Fischer, relatou a trajetória da empresa que completa 51 anos de fundação em 2017. Ele lembrou que o Banco do Brasil concedeu o primeiro empréstimo para a companhia, há 50 anos, quando ainda era uma oficina de bicicletas.

Pedroso, da Faesc, ressaltou que a agropecuária catarinense é a quinta maior produtora de alimentos do País. “Nossa produção está concentrada em frango, suínos, leite, soja e fumo. Um dos destaques é a produção de frango. É histórico em Santa Catarina. Foi aqui que nasceram as primeiras agroindústrias do País. É um modelo de fomento que está tomando conta do Brasil”, disse.

O Enlid reúne cerca de 400 participantes. Ulisses, superintendente do Banco, destacou que o encontro busca discutir o mercado catarinense, as estratégias para atendê-lo e o papel do Banco no novo contexto da economia.

Indústria News

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