Florianópolis, 29.02.2024 - Santa Catarina tem plenas condições de ultrapassar São Paulo como o estado mais competitivo do país se a infraestrutura for tratada como prioridade. Mas a falta de investimentos no setor pode levar o estado a perder posições, com reflexos negativos no desenvolvimento e na geração de empregos. O alerta é do presidente da Federação das Indústrias de SC (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, e foi feito durante evento organizado pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura do Congresso Nacional (FRENLOGI) nesta quinta-feira (29).
O presidente da entidade voltou a destacar que a infraestrutura do estado não condiz com seu potencial econômico e com a importância do estado na geração de divisas para a União. SC é o 6º maior PIB brasileiro e o 5º maior arrecadador de impostos federais. “Historicamente, Santa Catarina não tem recebido investimentos federais na sua infraestrutura condizentes com a importância do estado para a economia do país”, lembrou.
Passam por portos catarinenses 21% dos contêineres movimentados no país, e os portos de Navegantes e Itapoá figuram entre os 5 maiores do Brasil nesse quesito. O estado também conta com o melhor aeroporto do país na avaliação dos usuários, o da capital. “Não é apenas uma questão de justiça investir na infraestrutura de SC, mas uma questão de inteligência. Investindo em SC, o retorno à União será muito maior do que já estamos dando hoje”, afirmou Aguiar.
Para a FIESC, a melhoria do acesso aos portos de São Francisco do Sul e Itapoá, na Baía da Babitonga, além de investimentos para o acesso rodoviário aos portos de Itajaí e Navegantes são prioridades. “Nossos portos são competitivos e eficientes, e essas questões precisam ser resolvidas”, salientou.
O evento reuniu autoridades e entidades da sociedade civil e do setor produtivo para debater os principais desafios de logística e transportes e os projetos em andamento e futuros no setor, na Assembleia Legislativa de SC.
Evento organizado pela Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura discutiu desafios para rodovias, ferrovias, portos e aeroportos na região Sul. FIESC citou pouco retorno dos impostos pagos pelo estado em investimentos federais.