Florianópolis, 27.8.2015 – A constante diversificação do polo industrial suíço tem atraído novos investidores ao país europeu. O assunto foi tratado em reunião promovida pela Câmara de Tecnologia e Inovação e pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quinta-feira (27), em Florianópolis. O vice-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Berna (Beda), Jean-Philippe Devaux, participou do encontro.
A agência tem o objetivo de facilitar e dar suporte às empresas estrangeiras que desejam se instalar no Cantão de Berna, na Suíça. “Beda é um órgão que promove o desenvolvimento econômico do nosso país, onde a atividade industrial e comercial é muito densa. O sistema de transporte é muito eficiente e isso facilita estabelecer parcerias industriais em todas as regiões”, afirma Devaux, citando a indústria de relojoaria, biomedicina e usinagem como potenciais compradoras.
Os principais produtos exportados por empresas instaladas no Cantão de Berna são dos segmentos farmacêutico, agrícola, alimentício e usinagem de metais. A Suíça mantém um acordo bilaterial com a China – a União Europeia ainda negocia os termos com o país asiático. “Produtos suíços com valores agregados por tecnologias brasileiras são exportados para a China sem taxas alfandegárias, ou com taxas tributárias subsidiadas”, explicou Devaux, incentivando a internacionalização de indústrias catarinenses.
De janeiro a julho desse ano, Santa Catarina exportou quase US$ 8,3 milhões em produtos para a Suíça, principalmente derivados de frango, motores elétricos e carnes. O Estado importou do país europeu US$ 31,7 milhões em produtos como bebidas não alcoólicas, colorímetros, laminados de aço e lixadeiras.
No encontro, a indústria catarinense Welle Laser relatou sua experiência com a implantação de uma unidade fabril em Biel/Bienne, na Suíça. Criada em 2008, a empresa tem 55 colaboradores e é líder em rastreabilidade a laser. “Muitos dos nossos clientes estão na Europa e nos Estados Unidos e queremos independência do mercado nacional. As vantagens cambiais oferecidas e a localização estratégica, que facilita o acesso a vários fornecedores, são outros atrativos para investir na Suíça”, contou o CEO da Welle Laser, Rafael Bottós.
O diretor de desenvolvimento industrial da FIESC, Carlos Henrique Ramos Fonseca, destacou no encontro o Programa Catarinense de Inovação (PCI), promovido pela entidade em parceria com o governo do Estado. "O PCI soma esforços com as atividades da FIESC, que está identificando os setores portadores de futuro, elos faltantes nas cadeias produtivas e tecnologias-chave para o desenvolvimento da indústria catarinense. Com a agência Inova SC, pretendemos atrair as empresas que dominam estas tecnologias para nosso Estado, além de subsidiar o governo com uma proposta de plano de atração de recursos para as diferentes regiões do Estado e os diversos setores da indústria”, concluiu.
Elida Hack Ruivo
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