Florianópolis, 24.2.2015 – As faltas de matéria-prima na indústria e de ração para os animais, além das dificuldades para escoar a produção, fazem com que o setor agroindustrial seja o mais prejudicado em Santa Catarina pelos bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros. Além disso, a maior parte dos pontos de retenção está nas regiões Oeste e Meio Oeste, nas quais o segmento tem mais força. “Independentemente do mérito e da procedência [do protesto], nunca se pode fazer um movimento que cause um abalo econômico e social”, afirma o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.
O presidente da Federação salientou que o movimento põe em risco o modelo de agroindústria construído em Santa Catarina, no qual indústrias e produtores rurais atuam em parceria. Um dos segmentos mais afetados, segundo Côrte, é o de laticínios, que gera renda para mais de 50 mil famílias no campo. Como também opera com um produto altamente perecível, as atividades do segmento estão praticamente paradas no Estado, embora os custos com alimentação do gado sejam mantidos.
Outros segmentos agroindustriais do Estado também estão prejudicados. Santa Catarina é o maior produtor brasileiro de suínos e o terceiro de frangos. As indústrias do setor agroalimentar geram mais de 100 mil empregos e respondem por 17,5% do valor da transformação industrial do Estado e por 1/3 das exportações.
CNI
O impacto das manifestações no desempenho da indústria nacional foi debatido na reunião de diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça (24), em Brasília. A CNI solicitou ao Governo Federal e ao Congresso ações que levem ao fim da greve e à normalização das atividades produtivas.
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