Florianópolis, 19.1.2015 – Toda a cadeia de suprimentos do setor de petróleo sofrerá os efeitos da queda do preço do insumo e da Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal em 2014 para investigar esquema de desvio de recursos envolvendo a Petrobras e empreiteiras. O alerta é do diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Antônio Machado Neto, que participou nesta segunda (19) da reunião do Comitê de Petróleo e Gás da FIESC.
Entre os fatores que mais impactam neste setor estão a menor demanda em função da menor atividade industrial, o aumento da eficiência energética e também o aumento da produção de óleo pelos Estados Unidos. “O preço do petróleo sofre a ação de vários aspectos, mas o fator crítico é a oferta. Além disso, tem a elevação da produção americana. O ano de 2015 já registrou o preço do barril ainda mais baixo (se comparado com 2014, quando chegou a custar US$ 112) e ficará entre US$ 50 e US$ 70”, estima Machado Neto.
O membro do comitê, Carlos Frederico da Cunha Teixeira, que fez a abertura do encontro a pedido do coordenador do comitê, Edgar Cardoso da Silva, também citou a operação Lava-Jato. “Nunca vi o País nessa situação que está hoje. É muito frustrante especialmente porque depositamos tanta expectativa nestes governantes e estamos enfrentando essa situação na Petrobras”, disse.
Além das perspectivas para 2015, os participantes da reunião conheceram detalhes do Programa de Melhoria de Processos Produtivos, do IEL, entidade da FIESC. Entre os resultados obtidos pelas empresas que já contrataram a consultoria, os indicadores de competitividade (93%), de qualidade (72%) e do ciclo de produção (99%) são os que mais avançaram. Na reunião, a Amal Construções Metálicas do Brasil e o Consórcio MGT apresentaram suas demandas para o setor de petróleo e gás.
Elida Hack Ruivo
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Em 2015, preço do petróleo deve oscilar entre US$ 50 e US$ 70. Foto: Filipe Scotti
