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Indústria não é o ‘patinho feio’ da emissão de CO2

Em relato sobre a COP27, executivo da FIESC destacou que o setor responde por cerca de 6% da emissão brasileira de gases de efeito estufa

Florianópolis, 16.12.2022 – A indústria deve demonstrar que não é o “patinho feio” das emissões de gases de efeito estufa (GEE), defendeu, nesta sexta (16), o gerente de Infraestrutura, Logística, Meio Ambiente e Sustentabilidade da FIESC, Egídio Antônio Martorano, ao apresentar à diretoria da entidade o relato sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), realizada no Egito e da qual participou de 16 a 20 de novembro. Conforme Martorano, a participação da indústria na emissão brasileira de GEE é de 6%. Segundo ele, de 2005 a 2015, o total de emissões brasileiras de CO2 caiu de 2.56 bilhões de toneladas para 1.56 bilhão de toneladas. 

“É importante termos uma visão da nova política mundial para o meio ambiente, para que a indústria catarinense continue mantendo sua competitividade”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “Esse tema de sustentabilidade e descarbonização será cada vez mais recorrente na agenda da FIESC, pela importância que tem na produção industrial”, acrescentou Aguiar.

O executivo lembrou que o Brasil tem metas ousadas, pois em 2020 revisou suas metas e tem o compromisso de reduzir as emissões de GEE em 37% até 2025 e em 50% até 2030, em comparação com os volumes de 2005. Além disso, a proposta é alcançar a neutralidade climática.  Diante disso, Martorano sugere que haja uma governança robusta do tema, envolvendo governos e instituições; investimentos em inovação tecnológica e fontes de financiamento com estímulo ao desenvolvimento de projetos; e reforço dos atributos nacionais, como a otimização da matriz energética renovável. Quanto ao setor industrial, ele lembra que as grandes corporações já definiram as metas, incorporam conceitos de sustentabilidade e ESG e participam do chamado mercado voluntário de carbono, mas defende que a agenda precisa chegar às pequenas e médias indústrias, inclusive na cadeia de suprimentos. “Essas empresas precisam realizar o inventário de emissões e adotar as medidas de descarbonização, a eficiência e a transição energética, a gestão dos resíduos e participar do mercado de carbono”, defendeu.

Exigências europeias

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, salientou que a União Europeia aprovou, nos últimos dias, duas medidas de caráter ambiental que terão grande impacto sobre as importações do bloco a partir de 2023. Uma delas e a regulação que proíbe a entrada de commodities produzidas em áreas de floresta que foram desmatadas – de maneira ilegal ou mesmo legal – a partir de 31 de dezembro de 2020. A segunda medida é um acordo preliminar para o início da vigência do CBAM, sigla em inglês para mecanismo de ajuste de fronteira para o carbono. A partir de outubro do ano que vem, os exportadores devem reportar as emissões de carbono na fabricação de seus produtos – diretas ou indiretas, pela cadeia de suprimentos. Com revisão prevista para 2027, a medida deve se tornar mais rigorosa e se transformar em um imposto de carbono sobre importação.

 

Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
Gerência Executiva de Comunicação Institucional e Relações Públicas - GECOR

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