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Indústria lança Agenda Internacional com propostas para ampliar comércio exterior

Documento, elaborado pela primeira vez pela entidade, aponta ações urgentes para impulsionar exportações. Acordos internacionais, financiamento e mudanças no Mercosul estão no documento. Presidente da FIESC participou do encontro em Brasília.

Clique aqui e conheça a íntegra do estudo

Brasília, 21.6.2016 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou as prioridades da indústria para o comércio exterior ao ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e ao secretário-executivo do Ministério das Relações Exteriores, Marcos Galvão, nesta segunda-feira (20), durante encontro da Coalização Empresarial Brasileira (CEB), que completa 20 anos, na sede da CNI, em Brasília. É a primeira vez que a CNI elabora um documento específico para ampliar a inserção internacional das empresas brasileiras. O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, participou do encontro, e convidou o ministro para participar da reunião do Conselho Estratégico da FIESC no dia 11 de julho. Ele também conversou com o secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Marcos Galvão, sobre as eleições americanas e os impactos para o Brasil.

“O comércio exterior deve fazer parte de uma agenda estratégica e permanente para o aumento da competitividade do país. Se essa atividade já é importante para estimular o crescimento em períodos de normalidade da economia, ela se torna ainda maior em tempos de restrições no mercado interno, como o que estamos vivendo atualmente”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

As negociações comerciais são parte importante da agenda da CNI, que, nos últimos anos, tem defendido o aumento da rede brasileira de acordos bilaterais de comércio. O Brasil tem ficado à margem dos grandes acordos de integração internacional. Atualmente, os acordos brasileiros com outros países representam menos de 8% do comércio global, enquanto os Estados Unidos atingem 30%; a União Europeia, 45%, e o México, 57%.

Para a CNI, permanecer fora dessa rede de acordos impõe às empresas brasileiras custos mais altos para exportar e menor segurança jurídica, além de obrigar os empresários a lidar com regras menos favoráveis para vender, comprar, investir e receber investimentos estrangeiros.

SEGURANÇA JURÍDICA – Para alavancar o comércio exterior, a Agenda Internacional da Indústria 2016 reúne as principais ações para os próximos meses, com propostas de política pública para acordos comerciais, investimentos brasileiros no exterior, facilitação e desburocratização do comércio exterior, barreiras tarifárias e não-tarifárias, tributação no comércio exterior, financiamento e garantias às exportações, defesa comercial e mecanismos para mercados prioritários. Também trata da agenda de missões e mecanismos para atração de investimentos.

“Construímos a Agenda Internacional com as federações das indústrias, associações setoriais e empresas exportadoras. Assim conseguimos reunir as prioridades de atuação da CNI na promoção da inserção internacional das empresas brasileiras. A agenda considera dois eixos de atuação: o da influência sobre políticas comerciais e o de serviços de apoio à internacionalização das empresas”, explicou o presidente Robson Braga de Andrade.

Medidas mais importantes

ACORDOS COMERCIAIS: Incluir os acordos comerciais como parte central da estratégia comercial do Brasil. No curto prazo, privilegiar União Europeia e México;

INVESTIMENTOS: Adotar políticas para facilitar os investimentos brasileiros no exterior, com mudança da lei de expatriados e acordos de dupla tributação. Investir fora aumenta exportações e fortalece o Brasil;

TRIBUTAÇÃO: Desonerar serviços nas exportações. Serviços são insumos cada vez mais importantes para a indústria e a redução da carga tributária sobre exportações fomentaria as vendas para o exterior;

REMOÇÃO DE BARREIRAS COMERCIAIS: Levantar as barreiras comerciais e aos investimentos nos mercados da China, dos Estados Unidos e da União Europeia;

DESBUROCRATIZAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR: Aumentar a segurança jurídica e reduzir os tempos de decisões com varas especializadas em comércio exterior no Judiciário brasileiro;

PROMOÇÃO DE NEGÓCIOS: Priorizar mercados em crescimento, como Estados Unidos. Atuar em mercados como Argentina para promover investimentos, dada as mudanças políticas no país;

ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS: Com atuação em rede junto aos estados brasileiros, definir setores prioritários para atrair investimentos e trazer potenciais investidores.


Informações da Agência CNI de Notícias

 

 

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