Florianópolis, 17.4.2017 – Durante o 1º Fórum Sul Brasileiro de Relações do Trabalho, o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, reforçou a importância da proposta de modernização das leis trabalhistas para a redução dos conflitos, sobretudo, pela valorização da negociação coletiva, que permite empresas e trabalhadores, representados por seus sindicatos, de encontrarem soluções e rotinas que sejam benéficas. Ele participou do encontro realizado pelas federações de indústria do Sul (FIESC, FIERGS e FIEP), nesta segunda-feira (17), em Porto Alegre, com a presença do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, empresários, juízes, desembargadores e parlamentares, entre eles, o deputado federal catarinense Valdir Colatto.
“Muitos olham a flexibilização da jornada como sendo apenas de interesse do empregador, mas é de interesse também do trabalhador, que poderá ter mais flexibilidade para sua família, para suas atividades pessoais”, declarou Côrte. Ele também salientou que “é fundamental que ao tempo em que se moderniza a legislação trabalhista, a sua interpretação não seja feita apenas de modo a proteger o trabalhador, mas também valorizando a livre iniciativa e o empreendedorismo, pois sem eles não há emprego e nem desenvolvimento social”.
Durante o encontro, os presidentes da FIESC, FIERGS e FIEP assinaram a Carta de Porto Alegre, documento que reforça a posição dos empresários a respeito do que está sendo proposto pelo governo como reforma de leis trabalhistas. Ela foi entregue ao presidente da CNI. No texto está descrita como urgente “a modernização das leis e regramentos que impedem a manutenção e a geração de empregos formais na economia nacional. A lamentável estatística oficial do desemprego atesta, por si só, que o modelo atual se esgotou”, afirma o texto ao se referir aos mais de 13 milhões de brasileiros nessa condição.
O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, defendeu a modernização da lei como forma de propiciar ao Brasil a recuperação de sua competitividade e dinamizar o mercado de trabalho. “Estamos diante de uma indústria 4.0 com leis do trabalho 1.0. As leis trabalhistas não acompanham a modernização dos conceitos e das práticas com o emprego que conhecemos hoje”, disse.
Edson Campagnolo, presidente da FIEP, ressaltou que a atualização das leis trabalhistas − conjugada às reformas da previdência e tributária – vão contribuir para reposicionar o Brasil e recolar a economia nos trilhos. “A gente espera que, depois de as reformas tramitarem, tenhamos uma legislação atual para que se possa recuperar os empregos perdidos”, afirmou.
Assessoria de imprensa da FIESC com informações da FIERGS e Agência CNI de Notícias.