Florianópolis, 02.10.2015 – Apenas a recente desvalorização do real não é suficiente para que o país exporte de acordo com o tamanho de sua indústria. É preciso aprofundar os acordos de comércio bilaterais, simplificar os tributos e estar atento e se adaptar aos fluxos de comércio internacional. Estas foram algumas das conclusões do 1º Fórum de Comércio Exterior do Sul, realizado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nesta sexta-feira (02). O evento foi promovido pelo Instituto e revista Amanhã, em parceria com as federações das indústrias do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
“Compreender a complexidade dos fluxos comerciais e extrair oportunidades são importantes ações para a superação dos desafios que se apresentam para Santa Catarina”, afirmou o primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. O industrial também destacou a questão da eficiência nos gastos públicos. “Diminuindo o tamanho do estado e aumentando o investimento em infraestrutura nós seguramente teremos uma indústria mais competitiva. E toda a sociedade irá ganhar com isso”, defendeu Aguiar.
Na opinião do vice-presidente da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), Paulo Pupo, o empresariado já faz a sua parte e agora é chegado o momento do governo inovar. Para isso, ele precisa ouvir os industriais que diariamente enfrentam o desafio de produzir e exportar.
O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor Muller, defendeu a ampliação dos acordos comerciais, em especial com os Estados Unidos, como forma de aumentar as exportações dos produtos manufaturados brasileiros.
Para Jorge Polydoro, presidente do Grupo Amanhã, a recente desvalorização do real não é suficiente para alavancar as exportações. Ele lembrou que muitas outras moedas também perderam valor perante ao dólar. Polydoro defendeu a adoção de políticas de incentivo de longo prazo.
Visão semelhante foi exposta pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, que afirmou que a busca pelos mercados externos deve ser um “trabalho de formiguinha”. “Exportar não é momento, exportar é desafio constante”, afirmou. Para ele, deve-se combater a atual crise de confiança. “Se não há crise na agricultura, como as vendas de tratores estão caindo 30%?”, questiona. A reversão desta queda, lembra Moan, é importante porque um mercado interno grande dá escala e acaba aumentando a competitividade para a exportação.
A programação contou ainda com apresentações de representantes do Banco do Brasil, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior e do escritório Carvalho, Machado, Timm e Luz Advogados.
Após os debates, foi realizada a premiação dos 90 maiores exportadores do Sul divididos em três categorias: Maiores Exportadores, Campeãs por Setor e Empresas que Mais Exportaram pelo Sul entre 2012 e 2014. O ranking foi elaborado pelo Instituto e Revista Amanhã, com base nos indicadores oficiais do MDIC.
Fábio Almeida
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