Indústria da pesca busca mais segurança jurídica

Assista à entrevista com o presidente da Câmara da Pesca da FIESC, André Luiz Dutra Mattos, e saiba mais sobre os desafios do setor e a importância social dessa atividade
 

Florianópolis, 30.5.2019 – A insegurança jurídica e a falta de pesquisas para orientar o trabalho da indústria da pesca estão entre os principais desafios do setor. A avaliação foi feita pelo presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Pesca da FIESC, André Luiz Dutra Mattos, durante reunião nesta quinta-feira (30), em Florianópolis. Ele ressalta que há normas editadas sem a participação do segmento na construção delas. “Queremos segurança jurídica para trabalhar. Nosso produto é uma das melhores proteínas para a saúde humana, que é o peixe. E temos muita responsabilidade com a captura”, afirmou.

Ele também salientou que a atividade precisa de mais pesquisa. “É a pesquisa que nos dá um norte em relação ao que pode e o que não pode num determinado período. Como isso não vem acontecendo no país, há uma organização por parte do próprio setor, cuidando da pesca, captura, tamanhos e períodos porque existe a preocupação com o futuro”, disse, lembrando que em muitos países, a pesquisa com foco no setor ocorre até em tempo real.

Em Santa Catarina, o segmento é composto por 514 estabelecimentos, que empregam 9 mil trabalhadores. A maior parte dos empregos está no Vale do Itajaí (89,7%), especialmente em Itajaí, que emprega 3,5 mil profissionais. Além disso, 97% dos estabelecimentos são de micro e pequeno portes. No acumulado do ano até abril, a indústria da pesca exportou US$ 5,4 milhões. No período, as importações do setor somaram US$ 54 milhões, puxadas pela compra de sardinhas congeladas.