Florianópolis, 9.8.2023 - Indústrias catarinenses conheceram as oportunidades oferecidas pelo Programa Estratégico de Defesa Cibernética: infraestrutura, apoio tecnológico e desenvolvimento, das Forças Armadas. “A expectativa de 2024 a 2035 é da ordem de R$ 3 bilhões. Isso é o que a gente tem para investir em defesa cibernética dentro do escopo do programa”, disse o Brigadeiro-do-Ar Márlio Estebanez, chefe do Centro de Gestão Estratégica do Comando de Defesa Cibernética, que é integrado por representantes das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica). O tema foi abordado em reunião conjunta do Comitê da Indústria de Defesa (Comdefesa) e da Câmara de Tecnologia, Informação e Comunicação da FIESC, nesta quarta-feira, dia 9, em Florianópolis.
Em sua apresentação, Estebanez informou que o Brasil é o segundo país que mais sofre ataques cibernéticos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e também destacou que o futuro está na área de tecnologias quânticas, consideradas disruptivas e que abrem oportunidades para a indústria fornecer soluções.
O presidente do Comdefesa, Cesar Augusto Olsen, salientou que o comitê faz a interface entre as demandas militares e a indústria. “Cibernética e inteligência artificial são áreas complexas e estão mexendo com o mundo. Temos um setor de tecnologia extremamente desenvolvido em Santa Catarina”, disse, salientando que a segurança cibernética também é uma preocupação das empresas privadas. Ele informou que nos dias 16 e 17 de maio de 2024 a FIESC vai realizar a 3° edição das SC Expo Defense e o tema segurança cibernética será um dos destaques do evento.
O presidente da Câmara de Tecnologia, Alexandre d'Ávila da Cunha, destacou que a defesa cibernética assumiu papel importante na soberania das nações. O setor de tecnologia da informação e comunicação catarinense vendeu R$ 32 milhões para as Forças Armadas em 2022.
Na reunião, Roberto Carminati, presidente da OAIS Cloud, de Morro da Fumaça, apresentou o sistema SCCAPEM, que atua contra ciberataques e ataques de pulso eletromagnético. Outro case apresentado foi o da Dígitro, de Florianópolis. Gustavo Jota, gerente de marketing da empresa, apresentou a Plataforma Guardião, presente em mais de 90% da segurança pública brasileira para auxiliar as investigações e as operações de inteligência.
A OAIS Cloud e a Dígitro integram o grupo de 22 empresas catarinenses que são estratégicas de defesa – no Brasil são 149. Para ser considerada estratégica de defesa, a empresa precisa cumprir determinados requisitos.
Em reunião conjunta do Comdefesa e da Câmara de Tecnologia da FIESC, o Brigadeiro-do-Ar Márlio Estebanez, chefe do Centro de Gestão Estratégica do Comando de Defesa Cibernética, disse que a expectativa é investir R$ 3 bilhões até 2035