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Índia busca cooperação em mobilidade elétrica, digitalização e infraestrutura

Em live promovida pela FIESC, o embaixador da Índia no Brasil apresentou as oportunidades de negócios, puxadas pelo crescimento do país asiático. Produtos usados na construção civil, móveis, vestuário e alimentos também oferecem boas perspectivas

Florianópolis, 2.12.2021 - Em live promovida pela Federação das Indústrias (FIESC), o embaixador da Índia no Brasil, Shri Suresh Reddy, disse que o país asiático busca cooperação nas áreas de mobilidade elétrica, digitalização e infraestrutura. “O crescimento comercial da Índia é notável. Até três vezes maior do que o de alguns países. Há uma mudança invisível acontecendo que gera riqueza para a população indiana e oportunidades para outros países para atender a demanda”, disse ele, no encontro realizado nesta quinta-feira, dia 2. Ele destacou que o país tem setores altamente digitalizados e outros que estão nesse processo, como a agricultura, saúde, varejo, logística, bancos e seguradoras. Estima-se que a área digital crie 65 milhões de novos empregos até 2025.

“Sabemos que a Índia apresenta grandes perspectivas econômicas e oportunidades comerciais que podem ser aproveitadas pela indústria de Santa Catarina em vários de seus segmentos para aumentarmos o relacionamento comercial. Podemos aumentar nossa participação com bens de maior valor agregado, além de identificar parcerias”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.  

Outras áreas que também oferecem oportunidades de negócios são os produtos ligados à cadeia da construção civil, como cerâmica, por exemplo, móveis, vestuário e alimentos. “A Índia é um mercado potencial muito forte para toda a pauta comercial de produtos de Santa Catarina. 300 milhões de pessoas pertencem à classe média indiana. Quando as economias prosperam, aumenta o poder aquisitivo. Então, as pessoas consomem mais”, explicou o embaixador destacando que, no caso de alimentos, há espaço para produtos como carne suína, carne de frango, café, queijos e ovos.

No caso da infraestrutura, o diplomata disse que o país tem ampliado os investimentos no modal ferroviário e lançou um trem elétrico que carrega 400 contêineres. “Reduzimos a poluição e o custo logístico. São trens elétricos que têm zero emissão de gases de efeito estufa”, explicou, ressaltando que, recentemente, foi lançado um novo trem que tem capacidade para carregar o equivalente ao que 700 caminhões carregam. “Estamos apoiando esse crescimento e construindo a infraestrutura. Essa é uma área em que podemos cooperar com o Brasil”, afirmou.

Embaixador do Brasil na Índia, André Aranha Corrêa do Lago, também chamou a atenção para o crescimento da classe média indiana, o que abre oportunidades para o setor privado brasileiro. Ele disse que a Weg, de Jaraguá do Sul, tem um importante projeto no país asiático de fabricação de motores para a irrigação. “Apesar de o Brasil ser infinitamente menor que a Índia, já passou por certas etapas que a Índia está passando agora e que temos muito a contribuir no desenvolvimento desse país. 87% do Brasil é urbano enquanto que esse percentual na Índia não chega a 40%. A experiência do Brasil em cidades tem provocado interesse por parte da Índia”, disse.  

A live foi mediada pela presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante.
 

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