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Florestas nativas cobrem 38% do território catarinense

Tema foi debatido no 3° Seminário do Inventário Florístico Florestal de SC, que fez uma retrospectiva dos 15 anos de pesquisa na área. Iniciativa foi realizada pela FURB, UFSC, Udesc e Epagri e contou com o apoio da FIESC

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Florianópolis, 6.12.2022
- As florestas nativas cobrem 38% do território catarinense. Esse foi um dos dados destacados no 3° Seminário do Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, que fez uma retrospectiva dos 15 anos de pesquisa na área. O inventário é uma espécie de “censo das florestas”, por meio do qual é possível obter informações atualizadas sobre a quantidade e a qualidade das florestas existentes em Santa Catarina. A iniciativa é executada pela FURB, UFSC, Udesc e Epagri. O evento, realizado no dia 23 de novembro, teve o apoio da FIESC e contou com a participação do presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Florestal da FIESC, Odelir Battistella.

Em sua exposição, Odelir observou a relevância do inventário, especialmente no contexto atual de mudanças climáticas. Ele ressaltou que é um tema em debate na FIESC. Inclusive, no dia 22, o Fórum Radar debateu a descarbonização da economia. “Especialistas afirmaram que o mundo precisa e conta com o Brasil para o desenvolvimento da segurança energética e alimentar. E a chave disso é a colaboração entre os países para enfrentar em conjunto os desafios do clima. O inventário é um instrumento muito importante e está atestando que em Santa Catarina se respeita o Código Florestal e se preservam as florestas”, declarou.

Alexander Christian Vibrans, professor da FURB e coordenador da pesquisa que dá origem ao inventário, explicou que o conjunto de dados estudados permite aferir, estimar, discutir e reconhecer as mudanças que ocorrem nas florestas do estado ao longo do tempo, usando metodologias sistemáticas e padronizadas para todas as regiões catarinenses. “Para realizar o censo das florestas são usados dois métodos: o primeiro é um inventário de campo, no qual são feitas as medições a cada sete anos e meio, e o segundo é pela observação de florestas a partir de imagens de satélites, que são produzidas pelo satélite Landsat a cada 15 dias”, explicou. O mapeamento também mostra dados como áreas reflorestadas, pastagem/campo natural, solo exposto, área construída/urbana, água, restinga, entre outras.  

Ainda durante sua apresentação, Vibrans informou que o estoque de biomassa e de carbono nas florestas catarinenses cresce, em média, 1,27% ao ano. Esse estoque representa 63% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do setor agropecuário catarinense. Além disso, em cinco anos, as florestas do estado absorveram 41,5 milhões de CO2 equivalente. Se esse valor estivesse no mercado de crédito de carbono, por exemplo, e, considerando um crédito de 4 dólares, teriam sido arrecadados 166 milhões de dólares no período. Outro dado destacado no encontro foi que um hectare de floresta em Santa Catarina neutraliza, em cinco anos, aproximadamente 80% da emissão de CO2.

 

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