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Fim do embargo japonês ao frango atesta rigor sanitário de SC, avalia FIESC

Não-ocorrência de gripe aviária em produções agroindustriais foi essencial para o anúncio do fim das restrições; Japão é o principal destino das carnes de aves catarinenses

Florianópolis, 18.8.2023 - O fim da suspensão das exportações de frango catarinense para o Japão atesta o rigor sanitário de Santa Catarina, avalia a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). O embargo estava em vigor desde o dia 17 de julho e a suspensão foi confirmada pelo governo do estado nesta sexta-feira (18). “Respeitamos a decisão e os protocolos do Japão, mas é importante observar que os casos observados em Santa Catarina não eram de produções da nossa agroindústria”, diz o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

Ele lembra da importância econômica da medida para a cadeia agroindustrial, já que Santa Catarina é o principal exportador brasileiro de carne de aves, ovos e subprodutos para o Japão, que, por sua vez, também é o principal destino dos embarques catarinenses do produto. Em 2022, as exportações totalizaram US$ 310,8 milhões, à frente do Paraná, segundo colocado, com US$ 274,5 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio, compilados pelo Observatório FIESC. Os embarques catarinenses correspondem a um terço do total nacional. No primeiro semestre deste ano, o valor ficou em US$ 162,3 milhões.

O protocolo japonês prevê um prazo de 28 dias após o embargo para análise da autoridade sanitária japonesa. Assim, a retomada das vendas não é automática e ainda depende do aval do Japão.

Até o momento, o estado de Santa Catarina registrou dez focos de influenza aviária, sendo nove em aves silvestres e um em aves de subsistência, em propriedade no município de Maracajá (SC). A ocorrência de infecção pelo vírus da influenza aviária em aves silvestres e domésticas de subsistência não compromete a condição do Brasil como país livre da doença, de acordo com os protocolos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). 

Mesmo assim, o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão decidiu suspender em julho a importação de aves vivas e carne de aves de Santa Catarina até que fossem encaminhadas informações detalhadas sobre o caso.

Ainda em julho, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, esteve em Santa Catarina a convite da Secretaria de Estado da Articulação Internacional para participar de reuniões e atividades de aproximação. O tema também foi tratado em visita do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao país asiático.

Um novo acordo entre os governos do Brasil e do Japão definiu que as restrições de exportação dos produtos cárneos de frango e ovos devem ficar limitadas apenas aos municípios onde houver detecção de focos da gripe aviária e não mais para o estado todo.

* Com informações da Agência Brasil
 

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