Florianópolis, 18.11.2016 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) recebeu nesta sexta-feira (18), em Florianópolis, reunião do Conselho Temático Permanente da Micro e Pequena Empresa, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O deputado federal Jorginho Mello, que preside a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, foi o convidado do encontro que reuniu representantes do setor de todo o País.
O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, fez um panorama da economia catarinense e destacou que o nível de emprego no Estado, ainda que registre queda, é melhor que o nacional. “A boa notícia é que a indústria de transformação criou empregos de janeiro a setembro”, citou.
Côrte falou ainda sobre a Indústria 4.0 e o impacto dessa revolução na economia. “A indústria está passando por uma transformação grande e bastante expressiva. As economias vão sofrer impacto com a robótica avançada, inteligência artificial, materiais na área de biotecnologia e questões sobre o envelhecimento da força de trabalho. Precisamos investir fortemente na qualificação do trabalhador para este novo mundo do trabalho que está se descortinando”, salientou o industrial, citando pesquisa do grupo Deloitte realizada com 4 mil executivos dos Estados Unidos, China e Europa.
O deputado federal Jorginho Mello, que preside a Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa, destacou os principais avanços obtidos no Congresso, como a aprovação da lei complementar 155, sancionada pelo presidente Michel Temer no dia 27 de outubro, que altera a metodologia de apuração do Simples Nacional prevista no Estatuto da Micro e Pequena Empresa. “Conseguimos avanços extraordinários. Vamos propor um novo projeto porque a lei da micro e pequena empresa é viva. Muita coisa só passa a valer em 2018, aliás apenas o parcelamento de dívidas já é válido para este ano”, ressalta, destacando que os débitos que as empresas possuem vencidos até maio de 2016 poderão ser parcelados em até cento e vinte meses.
Mello falou ainda sobre a facilitação de acesso ao crédito. “Vamos chamar os bancos oficiais para que digam quanto tem emprestado e para quem. Já pedi ao presidente Michel Temer para que instrua o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a melhorar as linhas de crédito para micros e pequenas. O pequeno empresário precisa de recurso para melhorar o seu negócio”, defendeu. “A pequena empresa é a última que fecha, mantém o emprego muitas vezes porque tem laços de amizade com os trabalhadores e sofre calada” completou.
Amaro Sales, presidente do conselho temático da CNI, afirmou que as micro e pequenas empresas têm uma contribuição muito efetiva na vida econômica do País. “Temos que pedir tratamento diferenciado para impulsionar este setor. Num País com 12 milhões de desempregados nós temos que fazer alguma coisa. O desemprego impacta em vários aspectos da vida do trabalhador, inclusive na sua saúde”, falou. “Novas políticas e direcionamentos do novo governo já começam a dar sinais positivos para a economia. Vejo que o País tem uma forma de sair dessa crise desde que as reformas sejam esclarecidas para a população”, acrescentou.
Em Santa Catarina, as micro e pequenas empresas respondem por 97,1% do número de estabelecimentos do setor industrial. A maior parte delas está concentrada no segmento têxtil e confecção (23%) e na construção civil (22%). No mês de julho, a FIESC instituiu a Câmara de Desenvolvimento da Micro e Pequena Indústria, presidida pelo empresário Célio Bayer.
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