São Joaquim, 27.8.2015 – O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, conheceu o projeto que busca alternativas para o desenvolvimento de São Joaquim, na Serra Catarinense, nesta quinta-feira (27). Durante o 5º Simpósio de Vinhos Finos de Altitude, o empresário Vicente Donini apresentou um conjunto de ações necessárias para transformar a cidade e fomentar o turismo sustentável. No encontro também foram ministradas diversas palestras técnicas. Além de especialistas ligados à cadeia produtiva do vinho, participaram líderes de entidades empresariais do Estado e a comunidade.
À plateia, Côrte disse que o grande número de presentes é uma demonstração da vontade do povo de São Joaquim de encontrar alternativas para o crescimento da cidade. “Fico muito entusiasmado. Nós em Santa Catarina estamos trabalhando, planejando o nosso futuro. E esse é um compromisso que temos com as gerações futuras”, afirmou, lembrando que a FIESC tem feito grandes investimentos em educação e em saúde e segurança no trabalho. “Neste momento difícil pelo qual o Brasil está passando não podemos deixar que a crise tome conta de nós. Pelo contrário, nós é que temos que tomar conta dela. Aqui temos um bom espaço para reagir e sair mais rapidamente da crise”, concluiu.
Donini, que preside o conselho de administração da Marisol, empresa do setor têxtil de Jaraguá do Sul, apresentou ideias preliminares e convocou a sociedade local a fortalecer o associativismo e a pensar em São Joaquim no futuro. Ele, que integrou o grupo que transformou Jaraguá do Sul na década de 1980, disse que o turismo sustentável tem uma ampla cadeia produtiva e oferece “infinitas” oportunidades de negócios. “Envolve gastronomia, hospedagem, pequeno varejo, ecoturismo, artesanato, museu. A indústria do turismo tem capacidade fenomenal de criar negócios”, afirmou, destacando que não existe social sem o econômico.
Na opinião do empresário, a sustentação econômica das vinícolas sediadas no município depende essencialmente do turismo de destino. Para o fortalecimento dessa atividade é necessário melhorar a sinalização das rodovias, os acessos às vinícolas, além de reduzir a tributação do setor e ampliar as linhas de crédito.
Ele reforçou aos presentes que muita coisa já foi feita no município e que é preciso respeitar o passado e o presente. Contudo, lembrou que há muito por fazer. “A cidade tem um potencial fenomenal”, concluiu Vicente.
Simpósio: Ao longo desta quinta-feira, especialistas da Embrapa, Epagri e Udesc debateram temas como estratégias de valorização dos vinhos de altitude, estratégias para organização da produção e mercado e o potencial enológico de novas variedades para vinho e espumante.
O Vale do Contestado e a Serra são as grandes regiões produtoras de uva. Os vinhedos, localizados entre 900 e 1.400 metros acima do nível do mar, garantem alto padrão de produção.
Dâmi Crsitina Radin
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