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Florianópolis, 24.11.2015 – A edição de novembro da Revista Indústria & Competitividade traz uma análise sobre a evolução da produção industrial nos últimos anos no Brasil e em Santa Catarina. A constatação é que a indústria tem sido pressionada por um ambiente desfavorável à produção, que resulta numa verdadeira década perdida para o setor. Exposta aos fatores do Custo Brasil – elevada carga tributária, relações trabalhistas ultrapassadas, burocracia e outros – e à excessiva valorização do real até o ano passado, a indústria não se recuperou da crise econômica mundial de 2008. A revista, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), foi lançada na sexta-feira (20), durante reunião de diretoria da entidade.
Hoje, a indústria é o setor mais castigado pela recessão, vivendo o momento mais difícil de sua história. O crescimento do País depende diretamente de uma recuperação da indústria, setor capaz de gerar empregos de qualidade com a obtenção de ganhos sucessivos de produtividade. A retomada depende de reformas estruturais, conforme demonstra a revista.
A modernização da infraestrutura logística também é determinante para a competitividade industrial. Os portos catarinenses estão entre os mais eficientes do Brasil, mas não estão preparados para acompanhar algumas das principais tendências da navegação mercante, conforme reportagem da revista. Grandes navios já estão dominando as principais rotas de comércio globais, mas não entram nos portos do Estado. Se o sistema portuário não for preparado para receber embarcações de 366 metros de comprimento, perderá várias linhas importantes. A adequação a essa nova realidade é um dos principais itens da Agenda Portos Catarinenses, elaborada pela FIESC, com a participação dos administradores dos portos, armadores e especialistas.
O comércio internacional é destaque também na entrevista principal da edição, realizada com Ingo Plöger, presidente do Centro Empresarial da América Latina e um dos coordenadores do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, realizado em setembro em Joinville. Plöger defende que o crescimento das exportações da indústria depende não apenas de retomar a competitividade internacional, mas passa também por um reaprendizado na arte da negociação com países e blocos.
Outra reportagem, com enfoque na sustentabilidade, destaca a crescente prática em Santa Catarina da logística reversa, capaz de recolher e levar produtos usados à própria indústria onde foram fabricados para que seus componentes entrem novamente em linha de produção. A indústria de games de Santa Catarina, uma das mais desenvolvidas do Brasil, também é tema de reportagem aprofundada. Jogos eletrônicos desenvolvidos no Estado possuem milhões de usuários em todo o mundo, e há empresas especializadas em entretenimento, educação e “jogos sérios”, que ajudam as pessoas a desenvolver novas habilidades.
A edição traz um perfil do empresário Adolfo Fey, de Indaial, cuja família comprou uma metalúrgica nos anos 1960 e a fez crescer mil vezes. O artigo sobre o conceito Qualidade da Inovação é assinado pelo professor Werner G. Faix, CEO da Steinbeis School of International Business and Enterpreneurship (SIBE), da Alemanha, e coautor do livro Qualidade da Inovação: sobre o valor do novo, editado no Brasil com o apoio da FIESC.
