Florianópolis, 14.4.2015 – À frente de um sindicato que tem 270 empresas associadas, Carlos José Martinelli afirma que o maior desafio do presidente é tornar o sindicato importante para as empresas. Ele, que preside o Simec, de Chapecó, foi um dos palestrantes do 9º Encontro de Secretários-Executivos, promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) nesta segunda-feira e terça-feira (13 e 14), em Florianópolis. Martinelli também enalteceu o papel dos executivos dos sindicatos, lembrando que esses profissionais atendem as indústrias no dia a dia, propondo soluções para as demandas que chegam.
Em sua participação no evento, a presidente do Sindivest, de Brusque, Rita Cassia Conti, falou que o fortalecimento do associativismo precisa da participação da classe empresarial, da comunidade, entre outras instituições. Na opinião dela, o sindicato, para atrair o associado e mantê-lo, tem que ter uma pauta de reivindicações pré-definida, além de muito conhecimento sobre o setor.
Rita falou que um dos desafios do setor vestuário na região é a contratação de costureiras. Para fazer frente a essa situação, o sindicato, além de trabalhar pela capacitação da força de trabalho, promoverá, em maio, o Desfile das Costureiras, evento que deve reunir 800 participantes entre empresários, trabalhadores e especialistas. Eles vão debater alternativas, além de buscar a valorização dessa profissão, a exemplo do que ocorreu em outras áreas, como a de cozinheira – muitas ascenderam na carreira e se tornaram chefe de cozinha.
A secretária-executiva do Sinfiatec, de Rio do Sul, Luciane Pereira, trouxe para o encontro um exemplo de como o sindicato pode oferecer soluções aos associados. Há dois anos, a entidade criou o Sinfiatec Eco Responsável, projeto que tem auxiliado 23 indústrias a dar destinação correta aos resíduos sólidos. Nesse período, 400 toneladas foram enviadas para reciclagem, e, partir desse processo, se transformaram em fios ou em insumos para o segmento automobilístico. “Está dando um resultado positivo às empresas e ao sindicato. É uma forma de prestar um serviço também à sociedade”, afirmou Luciane. O Sinfiatec tem 54 empresas associadas. A expectativa é ampliar o número de indústrias beneficiadas pela iniciativa.
Com o propósito de proporcionar a troca de experiência com profissionais de outros Estados, esta edição do Encontro de Secretários-Executivos também tem a participação do Sindicato da Indústria Plástica de Caxias do Sul (RS), o Simplás. O diretor-executivo da entidade, José Antônio Severo Martins, contou aos participantes que a meta é visitar as 500 empresas que contribuem com o sindicato. “Cada visita leva em torno de duas horas. Temos visto o quanto o sindicato pode colaborar com as empresas e o desempenho delas. Nosso foco está em pensar como ajudar o setor a crescer e como as empresas de hoje podem ser melhores amanhã”, afirmou ele, que já esteve em 41 associadas. Na opinião de Martins, o sindicato, no dia a dia, precisa acompanhar os assuntos trabalhistas e as negociações de salário, no entanto, a preocupação maior é mudar o patamar das empresas e não ficar só resolvendo as questões de dissídio. “Nossa intenção é fazer um setor plástico brasileiro melhor do que ele é hoje”, finalizou.
No evento, a especialista Vanessa Tobias ainda falou aos participantes sobre como o coaching pode trazer mais resultados para os sindicatos. “O papel da FIESC e do associado é buscar um alinhamento, um senso de significado e de responsabilidade. O coaching pode trazer lucidez para cada um que faz parte dessa construção, com o objetivo de conquistar resultados”, concluiu.
Nesta terça-feira, os participantes terão um treinamento em vendas com o especialista Edson Silva Scattolin.
Dâmi Cristina Radin
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Profissionais participam do 9º Encontro de Secretários-Executivos (foto: Heraldo Carnieri)
