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FIESC defende produtividade e logística para melhorar abastecimento de milho

Evento realizado na sede da entidade debateu a situação atual e as perspectivas do insumo, que dobrou de preço no último ano

Florianópolis, 14.06.2016 – O aumento da oferta de milho para a agroindústria catarinense de carnes passa pela melhoria na infraestrutura de logística e por ganhos de produtividade no plantio do grão. Estas são algumas das principais conclusões do Fórum Catarinense do Agronegócio, realizado na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta terça-feira (14). O evento debateu a situação atual e as perspectivas para o insumo, que dobrou de preço no último ano.

“Consumimos, em média, 5 milhões de toneladas de milho por ano, sendo que produzimos um pouco menos de 3 milhões de toneladas. Temos, portanto, um déficit que nos obriga a comprar de outros Estados ou de outros países, para suprir as nossas necessidades”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. “É preciso investir mais para aumentar a produtividade do milho e para a melhoria da logística”, defendeu Côrte, reivindicando ações que valorizem a agroindústria catarinense, para “reposicionar o Oeste como um celeiro de abastecimento de alimentos para o Estado e o Brasil”.

Além da questão do transporte e da produtividade, foram apontadas soluções como a maior atuação da Conab, por meio de estoques reguladores, o aumento da área plantada com milho e a diversificação dos grãos utilizados na alimentação dos rebanhos, buscando alternativas como trigo, cevada e sorgo.

O governador do Estado, Raimundo Colombo, afirmou que a crise pela qual o País vem passando prejudica as ações federais para o setor. “Eu não vejo, neste momento, nenhuma ação concreta no sentido de melhorar as nossas rodovias, de duplicar os canais fundamentais de produção, ou mesmo uma ação concreta no setor ferroviário”, disse. 

Paulo Molinari, consultor da Safras & Mercado, afirmou que a operação de novos portos na região Norte do País facilitou a exportação de grãos e tende a aproximar os preços dos mercados interno e externo. Ele disse ainda que a perspectiva da chegada do fenômeno La Niña, que pode prejudicar a safra de inverno do milho, mantém a pressão sobre os preços do grão. Levantamento da consultoria indica que a produção nacional de milho deverá ficar em 78,9 milhões de toneladas na temporada 2015/2016. O número representa um recuo de 10,7% em relação à safra anterior, de 88,3 milhões de toneladas.

Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), lembrou que o Brasil hoje exporta carnes para 168 países e que o volume de embarques vem aumentando de forma consistente. Ele ressaltou que, para manter este bom momento, é fundamental assegurar a qualidade da carne, e isso inclui a estabilidade na disponibilidade de milho.

Organizado pelo Canal Rural, o fórum teve o apoio da FIESC, da Secretaria da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, da Organização das Cooperativas Agropecuárias de SC (Ocesc), da Fecoagro-SC e da Assembleia Legislativa Catarinense (Alesc). O apoio institucional é da Federação da Agricultura do Estado (Faesc), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e Sindicato das Indústrias de Carne do Estado de SC (Sindicarne).

 

 

 

 

Fábio Almeida
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4674 | 48 9981-4642
fabio.almeida@fiesc.com.br

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