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FIESC defende fingers no curto prazo e questiona limitações no projeto do Hercílio Luz

Em ofício enviado ao Ministério dos Transportes, entidade lembra do atraso das obras e ressalta que pista não prevê aeronaves maiores, apesar do investimento de R$ 960,7 milhões

Florianópolis, 29.9.2016 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) enviou ofício ao ministro dos Transportes, Mauricio Quintella Lessa, defendendo a instalação imediata de fingers no aeroporto Hercílio Luz para melhorar as condições de embarque dos passageiros, especialmente em dias de chuva. A instituição também questionou limitações do projeto para o complexo de obras de ampliação do aeroporto, previsto no pacote de concessões do governo.

O novo terminal de passageiros era para ser entregue em 2008. Recentemente, a Secretaria de Aviação Civil informou que o novo prazo de entrega das obras é o segundo semestre de 2019. A instalação de fingers, equipamentos que ligam as salas de embarque aos aviões, seria uma medida paliativa até o término das obras de ampliação. Quando a nova estrutura estiver em operação, os fingers poderão atender voos charter que serão recebidos no atual terminal.

Quanto às obras de ampliação, a FIESC destaca que o projeto, apresentado no dia 16 de setembro, pela Secretaria de Aviação Civil, em reunião da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, considerada operações com avião tipo 737 800 que já operam em Florianópolis. Contudo, há demanda apresentada por operadores do trade turístico de linhas diretas da Europa e Estados Unidos. O novo projeto prevê investimentos de R$ 960,7 milhões, mas não considera o potencial existente para operações de longo curso. “Sobre este aspecto cabe salientar que também não consta no projeto nenhum investimento ou ação relacionado com a manutenção da integridade das áreas adjacentes. Esse aspecto poderá se transformar em obstáculo considerável para a ampliação das operações do aeroporto”, alerta o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, que assina o documento.

A FIESC solicita ainda que seja considerada a sugestão apresentada por especialistas presentes na reunião para priorizar as obras da “taxiway” (área de manobra), o que resultaria em ganhos de operação no curto prazo. Também chama a atenção para a não-inclusão da exploração do terminal de cargas aéreas. No ofício, a Federação salienta que desde a década de 1990 a Infraero solicita o apoio da entidade para a expansão do Terminal de Logística de Carga (Teca), o que resultou em ações conjuntas. A grande Florianópolis abriga indústrias de alta tecnologia que demandam o transporte aéreo. O projeto original de ampliação do aeroporto previa a utilização do terminal atual para operações de carga em função da demanda apresentada.

“As preocupações aqui apresentadas tem o objetivo de contribuir para que a concessão, em andamento, resulte em reais benefícios para os usuários, e que os investimentos previstos estejam em concordância com as demandas da movimentação aeroportuária catarinense no curto, médio e longo prazos”, afirma Côrte.

Junto com o ofício, foi encaminhado ao ministro o vídeo produzido pela TV Indústria SC, da FIESC, mostrando a situação enfrentada pelos passageiros do terminal, em dia de chuva.



 

Assessoria de Imprensa da FIESC
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