Florianópolis, 25.11.2015 – Os diferentes modelos de praticagem portuária foram debatidos nesta quarta-feira (25) em reunião da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Foram abordadas as opções de práticos independentes, como ocorre hoje, e ligados aos portos ou ao governo. Para o presidente da câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, é importante analisar as opções para o serviço de assistência a manobras de forma técnica e integrada entre as partes envolvidas, conciliando a manutenção da segurança com ganhos de competitividade.
Márcio de Souza, diretor de Praticagem do Porto de São Francisco do Sul, ressaltou a importância do papel dos práticos no zelo pela segurança da operação portuária. Ele apresentou dados dos principais portos catarinenses, destacando a dificuldade crescente de operar navios cada vez maiores em canais sem trabalho constante de manutenção da profundidade. Os representantes da categoria foram convidados a participar das próximas reuniões da câmara sobre o assunto.
Henry Rossdeutsher, assessor jurídico do Porto de Itajaí, criticou a lentidão do governo no atendimento das necessidades dos portos. Nesta quarta-feira, o Ministério da Integração não aceitou as justificativas do decreto de emergência de Itajaí. O documento embasava o pedido de dragagem emergencial no canal de acesso ao complexo. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), após as chuvas de outubro, 3,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos devem ser retirados do canal.
Rodrigo Orsoletta, gerente comercial da Santos Brasil, abordou o ganho de competitividade obtido com a conclusão da construção da ponte Anita Garibaldi, em Laguna. Ele destacou também a facilidade do porto em receber navios de maior porte, por operar em águas profundas.
Cabotagem – O transporte marítimo não é utilizado por 55,3% das 76 empresas ouvidas pela pesquisa Cabotagem: alternativa para a melhoria da mobilidade e competitividade. O levantamento foi realizado pela FIESC e apresentado em junho, como parte da Agenda da Indústria para Infraestrutura e Transportes. Entre os principais motivos apontados para a baixa adesão estão o não atendimento de destinos específicos e a burocracia ligada a este modal de transporte. Por outro lado, as empresas que adotam o transporte marítimo elogiam o baixo custo e a segurança para as cargas. O documento ressalta ainda a facilidade de ampliação da oferta deste serviço, que independe da construção de novas vias.
Fábio Almeida
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Praticagem e acesso aos portos foram debatidos pela Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da entidade