A Federação das indústrias de Santa Catarina (FIESC) apresentou na manhã desta terça-feira (2) os números da região Sul que fazem parte do Mapa Estratégico do Comércio Internacional Catarinense, desenvolvido pela entidade. Durante o mês de dezembro, oito cidades do Estado receberão o workshop que apresentará os resultados de uma abordagem de dez anos e que leva em conta os números relacionados à exportação, importação e balança comercial catarinense.
“Foram feitas análises em 16 regiões de Santa Catarina. No Sul, 26 municípios fizeram parte da análise. Conseguimos verificar que a abertura ao comércio internacional do Sul diminuiu ao longo da década passada, apesar do crescimento das importações. Além disso, o dinamismo do setor exportador na região não acompanhou o crescimento econômico, em um claro direcionamento da indústria para o mercado interno nos últimos anos”, explica o consultor da FIESC, Mauro Victor Silveira de Souza, que apresentou os resultados.
Segundo os dados do estudo, as exportações da região responderam, em média, por 4,6% do total exportado por Santa Catarina nos últimos anos (2003-2012). No ano de 2012, a região foi responsável por 6% das exportações catarinenses. “No entanto, podemos dizer que nos últimos anos, a região apresentou redução da predisposição a exportar: enquanto em 2008 as exportações representavam 10% do PIB, em 2010 passaram a representar 7,7% do PIB regional. Araranguá, Forquilhinha e Nova Veneza chegaram no triênio 2010-2012 como os principais municípios exportadores da região. Os três municípios responderam por 69% das exportações. Já Araranguá, Orleans e Turvo foram os municípios com maior dinamismo exportador no último triênio de análise”, analisa o consultor.
Já com relação às importações, no período 2003-2012, cresceram 316%, enquanto no Estado houve um crescimento de 1.364%. “O Sul foi responsável por 1,5% nas importações catarinenses em 2012, o que significa que a região é a oitava maior importadora de Santa Catarina. Criciúma e Içara chegaram ao triênio 2010-2012 como os principais municípios importadores da região”, sinaliza Mauro.
Com relação ao saldo da Balança Comercial, a região tem apresentado evolução positiva nos últimos cinco anos, com superávit de US$ 422 milhões em 2012. “As maiores contribuições positivas para o saldo comercial acumulado no período 2008-2012 foram dos municípios de Araranguá (+US$ 579 milhões) e Forquilhinha (+US$ 513 milhões)”, enaltece Mauro.
“A FIESC está fazendo este trabalho dando o suporte para as empresas da área de importação e exportação. Nós temos aqui uma região com um futuro promissor e é o nosso trabalho auxiliar neste desenvolvimento”, explica o vice-presidente regional Sul da FIESC, Diomício Vidal.
Além da apresentação do Mapa, o programa Start Export da FIESC também foi apresentado. “Este programa é desenvolvido com o intuito de minimizar riscos e otimizar os resultados da exportação. O Start Export engloba um conjunto de soluções que compreendem a realização de diagnósticos e treinamentos, o desenvolvimento e execução de um plano de ação voltado à exportação e a assessoria permanente por profissionais especializados em comércio exterior”, esclarece o consultor da FIESC, Arturo Muttoni Deambrosis.
Por fim, o encontro contou com a palestra de Nicola Minervini, formado em engenharia e em economia, com larga experiência como gerente de exportação e marketing em empresas italianas e brasileiras.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias de Santa Catarina
Para divulgar a iniciativa, a entidade realizará workshops em Blumenau, Joinville, Jaraguá do Sul, Chapecó, Joaçaba, Lages e Florianópolis