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Florianópolis, 7.4.2017 – As vendas reais da indústria catarinense acumularam queda de 3,3% no primeiro bimestre do ano em comparação com o mesmo período em 2016, mostra a pesquisa indicadores industriais da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Dos 16 setores analisados, 11 registraram redução no faturamento, com destaque para metalurgia (-14,96%), produtos de madeira (-12,3%), veículos automotores e autopeças (-10%) e produtos têxteis (-7%).
No mesmo período, ocorreram variações positivas nos segmentos: produtos diversos (22,1%), equipamentos de informática e produtos eletrônicos (6,6%), produtos plásticos (2,5%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (0,19%). Ainda nos dois primeiros meses do ano em relação ao mesmo período no ano passado, a massa salarial real diminuiu 5,43%, as horas trabalhadas na produção contraíram 3,15% e a capacidade instalada na produção se reduziu 2,5%.
Embora o resultado negativo no bimestre, a pesquisa mostra que em fevereiro contra janeiro as vendas cresceram 6,14%. “Isso mostra a retomada do crescimento da indústria, após uma queda acentuada no primeiro mês de 2017. Todos os parâmetros avaliados tiveram ampliação, o que é esperado a partir das flutuações sazonais, comportamento este que tende a incrementar a atividade produtiva a partir do segundo mês do ano”, observa o levantamento.
Apesar do recuo no bimestre, a longa trajetória de queda dos indicadores já não mais é observada, embora a recuperação ainda esteja em curso e não tenha se dado de forma sustentada, avalia o levantamento. Isso significa que grandes desafios ainda se colocam aos industriais catarinenses, a fim de ser possível romper com a dinâmica de oscilação que se tem observado nos últimos períodos.
Indicadores nacionais: A indústria operou, em média, com 77,3% da capacidade instalada em fevereiro, na série livre de influências sazonais. Com o recuo de 0,4 ponto percentual na comparação com janeiro, o indicador interrompe a trajetória de três meses sem queda, depois de ter atingido o menor patamar da série histórica, de 76,1% em outubro do ano passado.
Já o faturamento e o emprego tiveram alta de 0,4% em fevereiro frente a janeiro, de acordo com dados dessazonalizados. Apesar de o faturamento acumular crescimento de 1% no primeiro bimestre de 2017, o indicador cai 8,4% em relação ao primeiro bimestre de 2016. Já o emprego recua 4,3% na comparação.
Segundo o levantamento, nos últimos meses, os dados da indústria se mostraram ambíguos, em que crescimento de indicadores são sucedidos por acomodações ou quedas. Tanto a massa salarial quanto o rendimento médio do trabalhador da indústria caíram 0,7% em fevereiro frente a janeiro, na série livre de influências sazonais. Foi a quinta queda consecutiva desses indicadores. Na comparação entre os primeiros bimestres de 2017 e 2016, a massa salarial diminuiu 6,2% e o rendimento médio recuo 2%.
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