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Falta de infraestrutura e custo do milho ameaçam a agroindústria de SC

Em reunião de diretoria da FIESC, presidente da Aurora Alimentos alerta sobre a situação que afeta as empresas do setor no Estado

Florianópolis, 26.2.2016 – A falta de infraestrutura para transportar o milho do Centro-Oeste do Brasil para o Oeste catarinense e o crescente custo do insumo que abastece a agroindústria ameaçam o setor no Estado. O alerta foi feito pelo presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, que também preside a Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). “Hoje se percorre em média mil quilômetros para ir e mais mil quilômetros para voltar com o milho, que é transportado por caminhões rodotrem. Por que não fazer o trem de uma vez?”, perguntou Lanznaster, referindo-se à construção de uma ferrovia aguardada há anos pelo setor. Ele participou da reunião de diretoria da FIESC, nesta sexta-feira (26), em Florianópolis.

“Realmente é uma situação crítica para um patrimônio que Santa Catarina tem que é sua agroindústria. Vamos fazer uma pauta de assuntos para encaminhar aos governos Federal e catarinense e ao Fórum Parlamentar Catarinense”, disse o presidente da FIESC, Glauco José Côrte. Ele também destacou a preocupação da entidade com a duplicação do trecho rodoviário entre Chapecó e Lapa (PR), que pode desviar a produção da agroindústria do Oeste para o porto de Paranaguá (PR). “Já alertamos o governo de Santa Catarina e o Fórum Parlamentar sobre essa situação. Vamos continuar trabalhando fortemente nisso porque será um grande prejuízo para os portos catarinenses. A FIESC encampa essa luta. Vamos trabalhar juntos”, reforçou Côrte.

Em relação à infraestrutura, Lanznaster ressalta que não se justifica um País das dimensões do Brasil não ter ferrovias suficientes. “Parece que estamos falando no deserto. Ninguém nos houve”, afirmou, destacando que o setor espera o trabalho de parlamentares para trazer a “ferrovia do milho” para Santa Catarina.

O presidente da Aurora explicou que o preço do milho passou de R$ 28 a saca há um ano e meio para R$ 44 – oscilação influenciada, em boa parte, pela alta do dólar. Ele destacou que a Companhia de Abastecimento (CONAB), responsável pela gestão das políticas agrícolas e de abastecimento, não consegue ter estoque suficiente do insumo onde está localizada a agroindústria. “Estamos com um problema seríssimo. Algumas empresas já fecharam”, alertou, ressaltando que é de responsabilidade da agroindústria fornecer alimento para o sistema integrado de aves e suínos. Segundo ele, só a Aurora tem 34 milhões de aves no campo e 1,2 milhão de cabeças de suínos – para alimentá-los são necessários 62 mil sacas do cereal por dia. Boa parte do milho que abastece a agroindústria do Estado vem de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraguai. A produção catarinense não é suficiente para atender a demanda do setor. Atualmente, o Estado planta 340 mil hectares, mas 40% é destinado para a alimentação de bovinos de leite. 



 

Dâmi Cristina Radin
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231 4670 | 48 8421 4080
damicr@fiesc.com.br

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