Criada em 1999 com o objetivo de construir as instalações das empresas que se abrigariam no Perini Business Park, em Joinville, a Perville Engenharia rompeu os limites do condomínio empresarial em apenas cinco anos. E, a partir daí, as obras foram se multiplicando por Santa Catarina e também em outros estados como Paraná e São Paulo. Especializada em obras industriais e comerciais, a Perville soma mais de 100 empreendimentos e 600 mil metros quadrados de área construída. No portfólio constam clientes do porte de BMW, Marcegaglia, Cia Canoinhas de Papel, Campus Joinville da UFSC e todas as empresas instaladas no Perini, que se tornou no período o maior parque empresarial multisetorial da América do Sul.
Além de soluções técnicas trazidas da Europa, os negócios da construtora pertencente ao Grupo Fábio Perini têm como diferencial o planejamento cuidadoso, que facilita a adoção de correções durante a execução dos projetos caso seja necessário. “Todas as interfaces, incluindo fornecedores e mão de obra, são analisadas para transformar um ambiente de incertezas em um ambiente mais estável e previsível, garantindo entregas de alta qualidade com data certa”, afirma o diretor de operações Emerson Edel.
A maior e mais importante obra realizada é a fábrica da BMW em Araquari, que se tornou o cartão de visitas da empresa. Além de disputar e vencer oito construtoras de porte nacional, a Perville teria que mostrar na prática sua capacidade técnica durante a obra. “O cronograma era muito apertado. Da hora que entramos no canteiro e cravamos a primeira estaca, até a hora que saiu o primeiro carro da linha de montagem, foram apenas nove meses e meio”, salienta o executivo.
A inauguração da BMW foi em 2014, marcando o ápice dos negócios da Perville e o fim de um ciclo econômico no Brasil. De lá para cá o apetite por investimentos em novas unidades industriais arrefeceu, e o volume de obras tocadas pela construtora caiu junto. Somente agora os negócios estão reagindo. Em agosto, a Perville já tinha em sua carteira para 2020 pedidos correspondentes a 30% de sua capacidade produtiva anual entre clientes externos e internos do Perini. Nos dois anos anteriores, nessa mesma época, o número não passava dos 10%. “Já percebemos os primeiros sinais de reaquecimento. Mas, dessa vez, ele será mais lento, ao contrário das outras crises, cujas retomadas foram mais rápidas”, projeta Edel.