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Florianópolis, 28.8.2023 - A estrutura logística do mundo vai mudar de maneira substancial. Como o preço do estoque aumentou muito, particularmente, na Europa e nos Estados Unidos, a velocidade de transferência dos produtos para evitar o alto custo de estocagem vai trazer, gradualmente, o avanço do transporte aéreo, explicou o economista Carlo Barbieri, presidente do Oxford Group, especializado em inteligência de negócios. Ele participou da reunião da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, nesta segunda-feira, dia 28, em Florianópolis.
“O modal aéreo vai ganhar um certo espaço. Nunca será um competidor para o marítimo. Contudo, o marítimo sabe que precisará reestruturar a velocidade das operações e o seu custo”, disse Barbieri. “É um tema que temos que estar atentos - não só em relação à mudança parcial dos modais, onde os produtos de maior valor agregado ganham cada vez mais espaço na exportação via aérea, como também na estrutura de preços”, completou.
O presidente da FIESC em exercício, Ulrich Kuhn, destacou a velocidade das transformações, principalmente no comércio internacional. “Hoje as mudanças não são mais em décadas, mas sim, em dias, em semanas. Quem atua com frete internacional sabe que na pandemia faltavam navios, e consequentemente, não se discutia preço. Hoje temos em torno de 30% do espaço marítimo ocioso e os preços caíram. Ou seja, em dois anos tivemos uma mudança radical nesse processo", disse.
A presidente da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, Maria Teresa Bustamante, disse que o transporte aéreo sempre teve uma participação menor no comércio por conta dos custos. “Mas cada vez menos o custo do frete aéreo é empecilho e, cada vez mais, se utiliza, sim, esse modal. É uma realidade. Os próprios aeroportos deixaram de ser somente locais de chegada e saída de aviões e são um hub completo, inclusive com hotéis e residências. Há uma tendência cada vez maior da integração dos aeroportos com a vida da cidade”, salientou.
O secretário de Articulação Internacional do Governo de Santa Catarina, Juliano Froehner, destacou que Santa Catarina está atenta aos rearranjos e às movimentações que estão ocorrendo no comércio global.
Em reunião da Câmara de Comércio Exterior da FIESC, o economista Carlo Barbieri explicou que o alto custo do estoque vai aumentar a velocidade de transferência das mercadorias. O uso do transporte aéreo deve crescer, especialmente para o envio de produtos de valor agregado