Criciúma, 09.06.2022 - Cerca de 30 alunos, do 1º ano do Ensino Médio da Escola S de Criciúma, participaram de uma Caminhada Cultural nesta quarta-feira, dia 8. A iniciativa, promovida pela rede básica da Fiesc, integrada pelo Sesi e Senai, faz parte do programa Patrimônio na Escola, em parceria com o Guia Manezinho. A ação propõe que os próprios estudantes conduzam o roteiro e apresentem pesquisas relacionadas ao município.
Na Capital do Carvão, o passeio teve início no Centro Cultural Jorge Zanatta e, logo depois, os estudantes da Escola S se deslocaram à Praça Nereu Ramos; Casa da Cultura; Casa do Agente Ferroviário Mário Ghisi; Praça Chaminé; e encerraram o passeio no Parque das Nações, no bairro Próspera.
“O nosso passeio chama-se ‘Criciúma Passado e Presente: caminhos da memória do carvão. Então, o eixo, aqui no município, é falar sobre a história do carvão, vinculado aos patrimônios da cidade. Fizemos um tour, desenvolvido pelo Guia Manezinho, que é o Rodrigo”, comenta o professor de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da Escola S, Diogo Zomer Perin.
Ao longo da caminhada, as invisibilidades culturais de Criciúma também foram apresentadas. “A ideia era de que a história fosse contada pelos monumentos”, explica o professor. “Às vezes, a pessoa passa todo dia pelo local e não sabe o que aquilo significa, principalmente, pós-pandemia, onde os estudantes ficaram quase dois anos em casa”, acrescenta Diogo.
De acordo com a orientadora pedagógica do Ensino Médio, EJA e ED Continuada, Tatiane Hax Nogueira, a iniciativa proporcionou aos estudantes ações de protagonismo diante dos tipos de patrimônio, históricos, artísticos ou culturais da nossa região. “Com a condução do professor Diogo Perin, os alunos estudaram os patrimônios os quais tinham interesse, investigaram sua história e foram responsáveis por transmitir o que aprenderam aos demais colegas. Desta forma, foram sujeitos ativos no processo ensino-aprendizagem e ampliaram seus conhecimentos em relação a comunidade onde vivem”, enfatiza.
Rodrigo Stüpp, o ‘Guia Manezinho’, comenta que o senso de pertencimento é necessário no cotidiano. “A partir do momento que tu conheces, tu respeitas, e, se tu respeitas, tu defendes. E essa iniciativa, é uma interpretação de patrimônio. Mais do que estudar a história de Criciúma, os alunos apresentaram. Vimos um estudante vestido de mineiro, outros com roupa de futebol, porque tudo isso caracteriza a identidade”, pontua.
Próximos roteiros em SC
O projeto, que passou nesta semana em Criciúma, contempla roteiros a serem percorridos em Lages (14 de junho), com lendas locais; Chapecó (15 de junho), que vai contar a miscigenação da formação da cidade a partir do século 20; Blumenau (20 de junho), que vai explorar o centro histórico; e Florianópolis (21 de junho), com caminhada na Lagoa da Conceição.
Com informações da Agência Novo Texto