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Florianópolis, 28.9.2019 - Empresários que participam da SC Expo Defense, feira de tecnologias e produtos de defesa, tiveram a oportunidade de conhecer projetos estratégicos que estão em fase de planejamento ou execução pelas Forças Armadas brasileiras e que preveem transferência tecnológica e nacionalização de componentes, o que pode gerar negócios para companhias locais. Gerente do Empreendimento Modular de Obtenção de Submarinos da Marinha, o Contra- Almirante Celso Mizutani Koga destacou que empresas catarinenses já colhem resultados do projeto de fabricação de submarinos no País – o Prosub. O evento é realizado pelo CIESC, entidade da FIESC, e segue até este domingo (29), na Base Aérea de Florianópolis. Acesse o site scexpodefense.com.br e saiba mais
Desenvolvido em parceria com a França, o programa da Marinha brasileira tem quatro unidades em produção. A WEG desenvolve motores para o projeto. “A nacionalização de equipamentos e sistemas é fundamental em todos os projetos que desenvolvemos para garantir o desenvolvimento de fornecedores no Brasil para futuros projetos ou a manutenção dos equipamentos”, diz o Contra-Almirante. Ele também apresentou o projeto que prevê a construção de um submarino com propulsão nuclear no País, outra iniciativa que prevê a transferência de tecnologia para a indústria local. Hoje o projeto está em fase de detalhamento e a expectativa é iniciar a construção em 2022.
O Exército e a Aeronáutica também apresentaram projetos que podem gerar negócios futuros para empresas catarinenses. Comandante de Defesa Cibernética, o General de Divisão Guido Amin Naves destacou que hoje há uma ameaça bastante diversificada na chamada “guerra cibernética”, com a possibilidade de ataques vindos de qualquer local, a qualquer hora. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, foram neutralizados mais de 700 ataques a sistemas de informação ligados ao evento. A tendência, segundo ele, é que ataques a sistemas se tornem cada vez mais comuns, o que vai exigir uma preocupação constante em aperfeiçoar defesas. “As empresas de tecnologia de Santa Catarina, reconhecidas nacionalmente, podem participar desse esforço”.
O painel sobre iniciativas estratégicas das Forças Armadas teve a participação também do Presidente da Comissão de Coordenação e Implantação de Sistemas Espaciais, Major Brigadeiro do Ar Paulo Roberto de Barros Cha. Ele destacou o projeto brasileiro de desenvolvimento de satélites e o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE).
Santa Catarina está atenta às necessidades e ao potencial do setor aeroespacial. A programação da SC Expo Defense inclui duas apresentações do Diretor do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados, Pierre Mattei. Hoje (sábado, 28) ele vai detalhar a experiência da criação de um hub de inovação aeroespacial, iniciativa que tem a parceria do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), da UFSC, da Udesc, da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), da Força Aérea Brasileira, entre outras instituições.
No Estado há trabalhos em andamento em Joinville e Florianópolis. Na capital, os projetos se concentram no desenvolvimento de equipamentos para a chamada computação embarcada e em soluções para a aquisição e análise de informações nesses sistemas. O trabalho inclui ainda ações de formação de pessoal (com foco amplo, que abrange desde o ensino médio até a formação especializada); pesquisa e desenvolvimento; empreendedorismo (com a criação de incubadora e aceleradora de startups), e eventos, com o incentivo às empresas para que usem as novas tecnologias.
Com informações da All Press Comunicação