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Em Teerã, presidente da FIESC defende mais exportações ao Irã

Glauco José Côrte representou a indústria brasileira em missão do MDIC e destacou necessidade de o país asiático diminuir as regulações que discriminam os produtos brasileiros, especialmente a proteína animal

Florianópolis, 27.10.2015 – O Brasil pode ampliar suas exportações de carne, café, açúcar, autopeças e máquinas e equipamentos para o Irã. Para isso, é preciso que o país asiático diminua as regulações que discriminam os produtos brasileiros, especialmente no caso da proteína animal. As afirmações foram feitas por Glauco José Côrte, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no seminário “Oportunidades entre Brasil e Irã”, realizado nesta segunda-feira (26) em Teerã. Representando a CNI, o industrial ressaltou que os países devem buscar maior integração entre as cadeias produtivas e apoiou ainda a entrada do Irã na Organização Mundial do Comércio (OMC).

“Podemos e devemos ampliar a rede de acordos comerciais e de cooperação industrial e tecnológica, além de dar a devida atenção à necessidade de remoção de barreiras sanitárias e fitossanitárias, sobretudo no mercado de proteína animal”, afirmou Côrte.

A missão ao Irã é promovida no contexto do acordo nuclear que prevê o fim das sanções econômicas impostas pela Organização das Nações Unidas (ONU), abrindo novas oportunidades comerciais para o Brasil. Na opinião do industrial, a produção de 2 milhões de automóveis por ano no país representa oportunidade para o segmento brasileiro de autopeças, assim como a busca do Irã por aumento da sua industrialização abre oportunidades para o setor brasileiro de máquinas e equipamentos.

“A relação bilateral é rica em iniciativas de cooperação em áreas de interesse comum, como energia, ciência e tecnologia, capacitação industrial, temas sociais, educação, esportes e cultura. Possuímos diversos memorandos de entendimento vigentes em áreas como turismo, meio ambiente e agricultura”, disse Côrte no seminário de negócios, ao lado do Ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), Armando Monteiro Neto. “Há, portanto, imenso potencial para aprimorar a qualidade e quantidade da nossa pauta comercial bem como para maior interação das cadeias produtivas de nossos países”, completou.

“Desde o anúncio da assinatura do acordo nuclear, vários países visitaram o Irã, sendo Teerã hoje destino de inúmeras missões comerciais. Não somos os primeiros a chegar, por certo, mas às vezes o mais importante é chegarmos mais preparados para que possamos potencializar a obtenção de resultados concretos”, afirmou Armando Monteiro.

O Irã integra o Plano Nacional de Exportações, sendo um dos mercados prioritários para a ampliação, diversificação, consolidação e agregação de valor da pauta comercial brasileira. Entre 2002 e 2014, a corrente bilateral de comércio passou de US$ 500 milhões para US$ 1,44 bilhão. Embora ainda pequenos, esses números representam o potencial de crescimento da relação bilateral.

As exportações brasileiras para o Irã são compostas, em sua maior parte, por produtos básicos, que representaram 90% do total em 2014, com destaque para a venda de cereais, carnes e farelo de soja. Os produtos semimanufaturados corresponderam a 9% das exportações, tendo como produto mais representativo a cana-de-açúcar. Produtos manufaturados, por sua vez, corresponderam a 1% das vendas brasileiras.

As exportações de Santa Catarina para o Irã foram de US$ 13,6 milhões no ano passado. Os principais produtos embarcados no Estado foram milho (US$ 9,9 milhões) e resíduos da extração de óleo de soja (US$ 3,5 milhões).

A economia do país islâmico cresceu 4,34% em 2014, para US$ 416,4 bilhões, contra alta de 0,14% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, para US$ 2,346 trilhões. No mesmo período, o Irã recebeu US$ 2,1 bilhões em investimento estrangeiro direto, e o Brasil registrou a entrada de US$ 62,4 bilhões.

No ano passado, os combustíveis representaram os principais produtos de exportação do Irã, com 79%. A maior parte das vendas externas se destina à Ásia, que recebeu 96,4% dos embarques em 2014. O país asiático apresentou superávit de US$ 10,1 bilhões no ano passado.




Fábio Almeida
Assessoria de Imprensa da FIESC
48 3231-4674 | 48 9981-4642
fabio.almeida@fiesc.com.br

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