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Em reunião com Meirelles, FIESC defende recursos para capital de giro às empresas

Presidente da entidade, Glauco José Côrte, participou, com a CNI, de reunião no Ministério da Fazenda nesta terça-feira (21) e destacou a urgência da medida para ativar o giro dos negócios e criar empregos

Florianópolis, 21.6.2016 – Em reunião do Fórum Nacional da Indústria com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nesta terça-feira (21), o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, defendeu a melhoria das condições para financiamento de capital de giro às empresas na atual conjuntura adversa da economia. Esta foi uma das cinco propostas emergenciais apresentadas pelo setor para sair da crise, no encontro, realizado no Ministério da Fazenda em Brasília e que contou também com a participação do secretário da Receita Federal, Jorge Rachid.

Além da proposta relativa ao capital de giro, da qual Côrte foi relator, a indústria propôs também rever o programa de refinanciamento de débitos fiscais (Refis), adequando-o à situação atual de retração da atividade econômica. Sugeriu a ampliação do prazo de recolhimento de tributos; pediu a efetiva entrada em vigor do programa Reintegra, que prevê restituição dos tributos incidentes sobre a exportação e condições para estabilidade e previsibilidade da taxa de câmbio; além de garantia de recursos para o financiamento das exportações.

Para financiar o giro dos negócios, Côrte defendeu o uso dos chamados depósitos compulsórios, parcela dos recursos captados pelos bancos junto a seus clientes e que são recolhidos obrigatoriamente ao Banco Central, dentro da política definida pela autoridade monetária. A composição do saldo desses depósitos líquidos disponíveis é de cerca de R$ 385 bilhões. Um quarto desse valor, ou perto de R$ 100 bilhões, poderia ser destinado para investimentos e capital de giro, com a contrapartida da reabertura proporcional dos postos de trabalho fechados, sem prejudicar o controle das contas governamentais, defende o presidente da FIESC.

“Pelas dificuldades conjunturais, a inadimplência cresce e muitas empresas estão sem condições de honrar seus compromissos financeiros, inclusive, obrigações tributárias”, explicou Côrte. Conforme sondagem especial da CNI, 35% das empresas que procuraram contratar ou renovar linhas de crédito nos últimos meses não conseguiram; 40% delas conseguiram apenas parte dos recursos pleiteados e mais da metade das que renovaram o fizeram em piores condições do que as anteriores. “O ministro mencionou que a nossa proposta já foi executada em 2008, no auge da crise, mas que está sujeita a estudo e exame do Banco Central. Ele se comprometeu a nos chamar para debater as conclusões a que o Ministério chegar”, relatou Côrte, acrescentando que o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, sugeriu que o encontro seja periódico para avaliar o desdobramento das medidas propostas, o que foi aceito por Meirelles.

O ministro reconheceu a importância da indústria como fator de crescimento do País e suas repercussões benéficas sobre os demais setores produtivos. “Saímos com uma impressão boa das colocações do ministro. Vamos esperar que a reunião resulte em medidas que possam ajudar na retomada da economia”, resumiu o presidente da FIESC.

 

 

Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina

 

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