Blumenau, 5.4.2017 – O setor têxtil e de confecções é um dos mais dinâmicos da economia catarinense e liderou a geração de empregos no Estado nos dois primeiros meses de 2017, sendo responsável por 26% dos postos de trabalho criados no período e por 21% do total de empregos industriais do Estado. Ainda assim, apesar da competitividade da indústria catarinense ser reconhecida internacionalmente, ela deve adotar estratégias para ampliar sua inserção global e estar atenta à crescente necessidade de modernizar ainda mais o parque fabril, elevando a capacidade produtiva dos trabalhadores por meio da educação e promovendo o desenvolvimento de produtos competitivos em preço e qualidade. A avaliação foi feita nesta quarta-feira (5) pelo presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, no evento Circuito Abit/Texbrasil, em Blumenau.
“Isso se torna ainda mais premente diante da adoção dos princípios da Indústria 4.0, que eleva a complexidade industrial, aproxima os produtores e consumidores finais e amplia as possibilidades produtivas”, disse Côrte no evento, que debate justamente a manufatura avançada. “O desafio nesse debate é avaliar um segmento produtivo extremamente heterogêneo em termos tecnológicos. Ainda assim, é imperativa a necessidade de encontrar pontos de convergência para que o setor como um todo se engaje à Indústria 4.0 do mesmo modo quando foi o símbolo da Revolução Industrial do século XVIII”, defendeu.
Côrte lembrou que a FIESC e suas entidades trabalham para apoiar todas as etapas do processo industrial, desde a assimilação das novas tecnologias, a formação dos trabalhadores, a defesa de interesses em temas estratégicos, o cuidado com a saúde do trabalhador até a inserção dos produtos no mercado nacional e internacional.
O diretor regional do SENAI/SC, Jefferson de Oliveira Gomes, participou de painel que aprofundou a discussão sobre a Indústria 4.0, que integra os conceitos da digitalização, inteligência artificial, sensoriamento, robótica colaborativa e manufatura híbrida. Entre os benefícios, ele destacou o atendimento a demandas como a melhoria da produtividade com melhor uso da informação e diminuição das ineficiências desde a matéria-prima até fim do ciclo; plantas inteligentes para alta escala e plantas para customização em massa.
No caso da área têxtil o futuro está no atendimento das demandas dos outros setores industriais, por meio de novos materiais e novas aplicações, mostrou Gomes, referindo-se a segmentos como a construção civil, mobilidade, proteção, agricultura, saúde, óleo e gás ou materiais esportivos. Entre as novas aplicações na área têxtil destacam-se materiais termorreguladores ou multicamadas, com proteção UV ou tecidos autolimpantes.
O diretor do Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura, André Marcon Zanatta, também participou do painel e apresentou a Associação Brasileira de Internet Industrial, da qual é vice-presidente.
Assessoria de Imprensa – FIESC