Florianópolis, 07.10.2015 – A lentidão nos processos de desapropriação é o maior entrave para a execução do Contorno Rodoviário de Florianópolis. Há trecho em que, de 222 áreas a serem desapropriadas, 70 estão liberadas para obras. Neste cenário, o contorno tem contratadas obras para 17 dos seus 46,5 km. As informações foram apresentadas pelo gerente de planejamento estratégico da Arteris, concessionária da BR-101 Norte, Marcos Guedes, durante reunião da Câmara para Assuntos de Transportes e Logística da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quarta-feira (07).
Segundo a empresa, considerando os trechos Norte, Intermediário 2, 3 e 4, e Sul até a BR-282, o contorno exige a desapropriação de 733 áreas. Destas, 299 estão liberadas e 434 ainda estão pendentes. A Arteris pretende licitar obras para outros 21,5 km ainda agora em outubro.
Guedes alertou, no entanto, que projeções indicam que o contorno, após concluído, irá reduzir em até 20% do fluxo de veículos que passa pela pista principal da BR-101. Em sua opinião, para realmente solucionar o problema de trânsito na região seria preciso ampliar as vias marginais e reduzir o número de acessos à pista principal.
Ponte - A situação das obras de restauração da ponte Hercílio Luz também foi debatida no encontro. O procurador Diogo Ringenberg, do Ministério Público de Contas, apresentou estudos sobre o histórico de manutenção da estrutura. Ele manifestou preocupação com a possibilidade de que a próxima etapa de restauração da ponte, a ser realizada em cerca de seis meses, seja contratada em regime emergencial, sem a realização de licitação pública.
Para o presidente da Câmara e primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, a ponte é muito importante para o Estado e deve ser preservada. Ele defendeu ações que levem a uma solução definitiva para a estrutura e diminuam os problemas de mobilidade causados por seu fechamento ao trânsito, que já dura 33 anos.
A programação se encerrou com a apresentação do 2º Congresso Internacional de Desempenho Portuário, que será realizado em dezembro, em Florianópolis. De acordo com o professor Ademar Dutra, da Unisul, será uma boa oportunidade para aproximar a pesquisa acadêmica da prática.
Fábio Almeida
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Em reunião na FIESC, concessionária responsável pela obra afirmou que 434 das 733 áreas ainda não foram liberadas