Florianópolis, 12.5.2016 – Santa Catarina quer atrair dois tipos de investimento: os relacionados com os elos faltantes da cadeia produtiva e as empresas que integram setores ainda não tão desenvolvidos no Estado, as chamadas indústrias emergentes, disse o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, a prefeitos e secretários municipais. Eles participaram de encontro, nesta quinta-feira (12), em Florianópolis, para conhecer a agência de atração de investimentos Investe SC, parceria entre os setores catarinenses público e privado, por meio da FIESC e do governo.
Pesquisas mostram que de um total de 60 mil empresas multinacionais ao redor do mundo, cerca de 40% pretendem investir em projetos de inovação e pesquisa fora do seu país de origem. Como são os municípios que recebem os novos investimentos, eles precisam estar preparados, disse Côrte. Ele destacou que um quarto dos produtos importados por Santa Catarina vem dos Estados Unidos e da Europa e a maior parte das importações são de insumos ou matérias-primas utilizadas no processo de transformação industrial. “Queremos que esses produtos que compramos no exterior ou até de outros Estados sejam produzidos em Santa Catarina. A nossa intenção nessa parceria com o governo é atrair essas empresas para investir aqui e gerar empregos e riqueza para as nossas regiões”, completou.
O presidente da FIESC destacou que Santa Catarina carece de empresas de alta tecnologia. “A maior parte da nossa produção, exportação e vendas para outros Estados do país é de produtos primários. Claro que temos produtos de alto valor agregado, mas quando comparamos a média brasileira com o que nós produzimos aqui, perdemos. Temos muito espaço para crescer e condições atrativas para que essas empresas invistam no nosso Estado”, declarou, salientando que as novas empresas vêm para complementar a indústria já instalada.
Hoje, os países e os Estados estão numa concorrência muito grande para atrair investimentos, sobretudo, os industriais, pelo fato de o setor ser um motor do desenvolvimento. “Cientes dessa grande disputa que existe e sabendo que há recursos externos para investimentos, implantamos o Observatório de Inteligência Industrial e negociamos com o governo do Estado a Investe SC”, explicou Côrte. A agência acompanha as intenções de investimento de empresas de diversos países na América do Sul e no Brasil.
Na abertura do evento, o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Carlos Chiodini, lembrou que em outros Estados as agências são totalmente públicas e que este modelo adotado por Santa Catarina é único. “Tenho a convicção de que este é o caminho certo. Com a consolidação da Investe SC vamos produzir mais, de forma mais econômica e com mais resultados. Esse momento é para democratizar esse trabalho que estamos fazendo, levando ao conhecimento dos municípios”, afirmou.
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