Florianópolis, 22.2.2017 – Em reunião da Câmara de Assuntos de Transporte e Logística da FIESC, o secretário de Infraestrutura, Luiz Fernando Vampiro, disse que o desafio é concluir as obras do Pacto por Santa Catarina, que somam cerca de R$ 4 bilhões. “Entendemos que precisamos alavancar quase R$ 800 milhões para que possamos concluir esse pacote”, afirmou. Segundo ele, R$ 3,6 bilhões são de financiamento e outros R$ 400 milhões são do caixa do Estado, mas há reajustes legais, desapropriações, entre outras questões que elevam os custos. A reunião foi realizada nesta quarta-feira (22), em Florianópolis.
Segundo Vampiro, do total de obras de infraestrutura de transportes de responsabilidade da Secretaria, 87 estão concluídas, 68 encontram-se em andamento, 17 serão contratadas, 7 devem ser iniciadas e uma está em processo licitatório.
O presidente da Câmara, Mario Cezar de Aguiar, destacou que a FIESC acompanha um conjunto de 117 obras de infraestrutura estaduais e federais, que estão sendo executadas em Santa Catarina e totalizam R$ 8,9 bilhões. “Para nossa surpresa, identificando as causas dos atrasos, observamos que nem sempre faltam recursos. Há obstáculos para desapropriar, além de questões ambientais, de gestão, judicialização, entre outras. Há uma série de causas que fazem com que as obras não tenham o ritmo adequado”, disse. Clique aqui e conheça o Monitora FIESC.
Porto de Itajaí: o superintendente do Porto de Itajaí, Marcelo Werner Salles, apresentou um panorama da situação atual do Porto de Itajaí e destacou que desde 2009 o empreendimento não opera com a capacidade plena. Contudo, ele destacou as obras que têm sido feitas para restabelecer as condições normais e citou o reforço e realinhamento dos berços 3 e 4, com investimentos de R$ 135 milhões. Iniciadas em 2013 e previstas para serem entregues em 2015, o andamento das obras foi afetado por problemas técnicos e atraso nos repasses da União. A execução total da obra está em 50%.
Em relação ao novo acesso aquaviário ao Complexo Portuário, a primeira etapa das obras está sendo executada pelo governo de Santa Catarina, com investimento de R$ 104 milhões, e possibilitará operações com navios de até 335 metros de comprimento. Agora falta a liberação de R$ 220 milhões para as obras da segunda etapa do projeto, que permitirá a operação de navios de 366 metros de comprimento. Os recursos estão no orçamento da União (PPA 2016-2019) e em emendas parlamentares.
Salles também abordou o cenário de navegação a partir da entrada em operação dos navios Post-Panamax, que possuem dimensões muito maiores e exigem adequações dos portos para receber as embarcações. “Isso é impactante nos portos públicos do País e do mundo”, disse, lembrando que hoje 25% da frota mundial opera com navios de 366 metros. “A frota mundial não está mais fazendo encomenda de navios menores que essas dimensões. Isso sinaliza que os portos brasileiros têm a obrigação de se adequar para receber essas embarcações. É uma condição sine qua non. Caso contrário, ficaremos fora do mercado”, alertou, salientando que é uma corrida contra o tempo.