Florianópolis, 18.5.2020 - Fundada há 12 anos, em São José dos Campos (SP), a DeltaLife é líder no mercado de equipamentos eletrônicos e mecânicos de uso cirúrgico veterinário, incluindo monitores e aparelhos de anestesia inalatória. A empresa ensaiava entrar com mais força no fornecimento para medicina humana, área na qual possui atualmente dois dos 18 produtos de seu portfólio. Com a chegada do novo coronavírus, a empresa ficou propensa a investir no projeto de respiradores, mas ainda com certa hesitação.
“Foi quando o SENAI entrou em contato e demonstrou interesse em conhecer o produto, apresentou a real necessidade que o Brasil tem neste mercado e a disposição em colaborar”, afirma o fundador e diretor da empresa, Vagner Aredes. O projeto de adaptação de ventiladores pulmonares para uso por humanos foi aprovado pelo Edital de Inovação para a Indústria e passou a ser desenvolvido no Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura.
“Como o plano já existia, a diferença foi que o processo se agilizou e o grande diferencial que o SENAI nos trouxe foi a capacidade de atuar no desenvolvimento de novas funcionalidades do produto, agregando competências de eletrônica, software e mecânica, além de criar uma grande rede de contatos”, acrescenta Aredes. Graças a esses contatos, diversas etapas puderam ser superadas em poucas semanas.
Com apoio da Associação Catarinense de Medicina (ACM), foram realizados testes em hospital de Florianópolis, não em humanos, e com a supervisão de médicos especializados. Um hospital militar emprestou um Pulmão Teste para a calibração dos novos respiradores, enquanto um equipamento importado com tal finalidade não chega ao Brasil. Da mesma forma, alguns testes específicos serão realizados no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Outra ação destacada por Aredes foi a agilização do processo de certificação na Anvisa, que está em andamento e se constitui, no momento, no principal ponto crítico do projeto. Alcançada essa certificação, a empresa poderá produzir 500 equipamentos por mês a partir de junho, com carga parcial em maio. Os 60 funcionários, que atuam nas divisões de eletrônica e de mecânica, estão focados no novo projeto.
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina