Florianópolis, 10.07.2015 – As empresas devem oferecer propostas, ao invés de apenas respostas às demandas do consumidor. Assim, podem estimular o mercado na direção que estejam em situação mais avançada. A afirmação é de Claudio Dell'Era, pesquisador do Instituto Politecnico de Milão e professor do programa de Educação Executiva do IEL/SC, entidade da FIESC. O curso se encerrou nesta sexta-feira, em Florianópolis.
Para o especialista, as empresas que devem buscar diálogo com profissionais diferentes, que tenham competências distintas, e possam ver seus produtos com algum distanciamento. Assim, elas poderiam imaginar novidades que mudem a experiência do consumidor e abram novos mercados. Esta inovação é classificada como disruptiva.
"No contexto da gestão estratégica da inovação, é fundamental a participação dos executivos em programas que os auxiliem na tomada de decisão e implementação de ações que façam suas empresas avançarem na linha disruptiva da inovação. Os resultados, via de regra, são mais promissores e conferem maiores ganhos de competitividade", defendeu o superintendente do IEL/SC, Natalino Uggioni.
Para o presidente da Tigre e aluno do curso, Otto Von Sothen, este tipo de inovação é fundamental para o cenário atual. “Em um momento de crise, como o que passamos hoje, todos temos que perder peso. Isso é uma condição necessária, mas não suficiente. Somente através de uma inovação disruptiva que a gente vai conseguir dar um salto e preservar a sustentabilidade da companhia no futuro”, afirmou.
O professor Dell'Era ressalta que esta ruptura não vem apenas da inovação tecnológica e pode ser causada pela aplicação de uma tecnologia ou conceito já existente em outra área. Como exemplo, citou os videogames, que passou por uma grande mudança a partir de 2006. Neste ano, um fabricante passou a aplicar nos controles um sensor de movimento que era utilizado apenas em equipamentos para pessoas com deficiência. Com foco maior na diversão do que na competição, as vendas desta marca dispararam, obrigando os principais concorrentes a adotarem sensores semelhantes, em um processo que levou anos.
Além de Otto Von Sothen, outros 39 industriais e executivos participaram da capacitação. Estiveram representadas empresas como Dudalina, Tractebel, Zen, Natura, Docol, Ciser, Votorantim Cimentos, Eliane, Fischer, Karsten e Döhler, entre outras.
Fábio Almeida
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