Blumenau, 25.6.2015 – “A saúde e a segurança do trabalhador não podem ser colocadas em risco. O comportamento da indústria está sendo avaliado constantemente. Não é mais possível produzir a qualquer custo, desconsiderando esse cenário”. Foi o que afirmou o especialista em medicina do trabalho e coordenador de Segurança e Saúde no Trabalho do Departamento Nacional do SESI, Gustavo Nicolai, durante o evento “Café com a Indústria”, realizado pelo SESI/SC, entidade da FIESC, nesta quinta-feira (25), em Blumenau. “A indústria tem condição de acolher o trabalhador sem que ele precise se afastar e utilizar a previdência social. Trabalho é fonte de saúde”, enfatizou.
Para o especialista, o tema ganhou, no Brasil, o destaque que sempre deveria ter tido. “O custo de não se promover ações em segurança e saúde no trabalho é muito maior se comparado com os investimentos na área”, afirmou. Para ilustrar os acréscimos tributários que uma empresa gasta com acidentes e afastamentos, Nicolai apresentou exemplo de uma empresa com quatro mil trabalhadores que chega a pagar, em um ano, cerca de R$ 4 milhões de reais em tributos adicionais. “Compreender o custo tributário dessa situação traz ao empresário o conhecimento necessário para adotar mudanças de decisões e inversão de valores”, argumentou.
Segundo o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, o encontro foi uma oportunidade para refletir sobre o assunto. “Os problemas decorrentes desse processo fazem parte da nossa rotina, foram incorporados no nosso dia a dia. Precisamos avaliar de que forma esse investimento beneficia as indústrias e os trabalhadores, a fim de aprimorar a competitividade”, afirmou Kuhn na abertura do encontro.
O superintendente do SESI/SC, Fabrizio Machado Pereira, destacou números alarmantes sobre o afastamento no País. “São perdidos no Brasil 35 milhões de dias de trabalho por ano em decorrência de problemas de saúde. Além disso, a previsão é de que 120 mil trabalhadores se afastem de seus postos em 2015. Destes, apenas cerca de 15 mil devem se reabilitar para exercer suas funções”, afirmou Pereira, acrescentando que a indústria enfrenta uma nova fronteira da competitividade, que é a gestão da saúde e seus custos. “Essa questão é determinante para a competitividade das empresas”, destacou.
O evento reuniu cerca de 170 industriais e representantes de 40 empresas da região.
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