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Crescimento da economia americana contribui para retomada de SC

Análise foi feita pelo economista Pablo Bittencourt na reunião on-line da diretoria da FIESC; o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon, também participou e traçou cenário otimista para a recuperação da economia do estado

Clique aqui e confira a cobertura fotográfica no Flickr da FIESC

Florianópolis, 23.4.2021 - A recuperação da economia americana proporciona boas oportunidades para Santa Catarina, na avaliação do economista Pablo Bittencourt, consultor da Federação das Indústrias (FIESC) e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em palestra apresentada na reunião on-line da diretoria da FIESC, nesta sexta-feira (23), ele destacou que o avanço americano se dará com base na elevada taxa de vacinação e em pacotes que devem ser lançados pelo governo Biden, um de curto e outro de longo prazo. A tendência, segundo o economista, é a elevação do custo de mão de obra naquele país, o que tende a abrir espaços em outras nações para atividades intensivas em trabalho, como confecções, têxteis, calçados e cerâmica.

“A vacinação nos Estados Unidos está muito acelerada. Com 200 milhões de doses aplicadas, já atingiu 40% da população”, afirmou Bittencourt. No total, segundo ele, 26% dos norte-americanos estão imunizados, o que faz com que a “maior economia do mundo esteja voltando às suas atividades normais”. Adicionalmente, o presidente Joe Biden lançou dois pacotes, cada um com dois trilhões de dólares. O primeiro, de curto prazo, envolve uma bolsa assistencial de 1,4 mil dólares, permitindo às famílias pagamento de aluguel, alimentação e capital de giro. “Como parte de sua estratégia, o presidente americano ainda pretende duplicar o salário mínimo em quatro anos”, disse. 

Dessa forma, os custos da produção intensiva em trabalho devem se elevar, gerando oportunidades de investimentos nessas atividades em outros países, como o Brasil. Como dinâmica de longo prazo, o governo Biden deve investir 2 trilhões de dólares em medidas que aumentem a produtividade e competitividade da economia americana, para fazer frente à China. “São medidas que impulsionam o consumo dentro dos EUA, com salários mais elevados, e, ao mesmo tempo, estimulam a competitividade das empresas com avanços em infraestrutura”, afirma.

Do ponto de vista da economia brasileira, o economista observou que o Índice de Atividade Econômica, de fevereiro deste ano, medido pelo Banco Central, superou o do mesmo mês em 2020. “Ou seja, apesar da pandemia, esse indicador, que é uma prévia do PIB, foi maior do que antes da crise sanitária. Certamente que a segunda onda da Covid deve puxar esse indicador para baixo, mas esse resultado de fevereiro mostra que a economia tem vigor para voltar assim que superarmos este momento”, afirmou Bittencourt.

O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou a relevância do bom desempenho da economia americana para a indústria de Santa Catarina. “A notícia do grande crescimento dos Estados Unidos é um alento para Santa Catarina, visto que o país representa o principal destino das exportações da indústria catarinense”, afirmou, lembrando que a expectativa é de crescimento de 8% ou 9% para a economia norte-americana. 

Otimismo: O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon, também participou da reunião da FIESC, e fez uma avaliação positiva da economia do estado. Ele considera que Santa Catarina está se preparando para um crescimento consistente no pós-pandemia. Como parâmetro de sua análise, ele citou os números do crescimento em fevereiro, de 8,1% na indústria, 9,9% nos serviços – apesar de uma estabilidade (de +0,3%) no comércio – e a redução da taxa de endividamento do catarinense, diferentemente do que ocorreu com a média nacional. Além disso, destacou que "à medida que a vacinação avança, cresce o otimismo das pessoas”. 
 

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