Florianópolis, 24.10.2016 – “A educação é a a antessala da produtividade e da inovação, pressupostos da Indústria 4.0”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, ao defender, mais uma vez, que o tema esteja no centro da agenda da indústria nacional. Ele participou, nesta segunda-feira (24), em São Paulo, do evento Diálogo: os caminhos da indústria, que debateu as diretrizes e propostas de ações da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A proposição de Côrte foi acolhida.
No encontro, lideranças industriais do País discutiram os entraves ao crescimento e os caminhos para o setor se desenvolver no Brasil, diante do novo cenário, marcado por transformações da economia global e da tecnologia. Durante o evento, foram realizados painéis que debateram ambiente de negócios, educação, produtividade, tributação e relações do trabalho. Entre os painelistas estiveram o presidente do Insper, Marcos Lisboa; o vice-presidente do conselho de administração da Cosan, Marcos Lutz; o economista José Roberto Mendonça de Barros, e o presidente da GE Brasil, Gilberto Peralta.
Os participantes trataram de vários temas que se mantêm entre as preocupações do setor. Na questão tributária, por exemplo, a indústria defende simplificação e melhoria da qualidade do sistema; a introdução do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), em substituição a outros tributos; a tributação do consumo e não da produção. “O atual sistema é anti-investimento e antiexportação”, disse Côrte. No que tange as relações do trabalho, a defesa é pela valorização da negociação com os sindicatos, terceirização e novos modelos de contrato de trabalho, além de maior segurança jurídica, com regras previsíveis. A aprovação da reforma da previdência é considerada crucial.
A defesa de uma reforma do Estado brasileiro, com melhores modelos de concessão, regulação e controle é outra bandeira da indústria nacional. “O Estado deve se dedicar mais à fiscalização do que à execução, com regras estáveis e fortalecendo agências reguladoras”, explicou Glauco José Côrte. “Além disso, é preciso promover a produtividade do setor público”, disse.
Segurança jurídica, na concepção dos participantes do evento, é questão crucial para a melhoria no ambiente de negócios, de maneira geral, como forma de inserir o Brasil no conceito da indústria 4.0. Para isso, é fundamental que novas normas não sejam retroativas. Por fim, a indústria brasileira defende maior abertura comercial.
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