Florianópolis, 23.9.2016 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) assinou convênios com o Exército brasileiro e com a Udesc, na reunião de diretoria desta sexta-feira (23), em Florianópolis. O termo firmado com o Exército tem o objetivo de promover a cooperação técnico e científica, o intercâmbio de conhecimentos e atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação. A FIESC criou o Comitê da Indústria de Defesa de Santa Catarina (Comdefesa), instância consultiva cujo papel primordial é a aproximação entre a indústria e as Forças Armadas, promovendo a geração de oportunidades de negócios e o desenvolvimento do setor de Defesa como segmento estratégico para Santa Catarina.
“Agradecemos pela confiança que o Exército deposita na atuação da FIESC. Tenho certeza que faremos um bom trabalho juntos. Santa Catarina, mais uma vez, demonstra sua capacidade de contribuir dentro dessa aliança com as Forças Armadas brasileiras”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte.
O general Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do departamento de tecnologia do Exército, afirmou que este foi o primeiro acordo firmado com uma federação de indústria. Ele salientou que o Exército está num momento de transformação, por meio de projetos estruturantes, que mudam a feição da entidade. “Sempre tivemos como missão cooperar com o desenvolvimento nacional, e citou a criação do Instituto Militar de Engenharia (IEMI) há 224 anos, a primeira escola de engenharia do Brasil, que por quase 70 anos foi a única no Brasil. No passado tivemos um papel grande no processo de industrialização”, afirmou, ressaltando que o País chegou a ser a quinta indústria de defesa no mundo. “Estávamos trabalhando encapsulados e a decisão que está sendo tomada hoje é de quebrar a cápsula, abrir as portas e buscarmos trabalhar junto com a universidade, a indústria e promover nesse sistema de hélice tríplice o desenvolvimento do Brasil”, reforçou.
Em seu discurso, o general da reserva Adhemar da Costa Machado Filho, que trabalha na aproximação entre a indústria e o Exército, disse que Santa Catarina tem um potencial fantástico e participa muito pouco das demandas da instituição militar. “O Comdefesa é o grande elo de aproximação e, institucionalmente, o maior amigo que as Forças Armadas podem ter é a indústria”, declarou ele, que está essessorando a área de ciência e tecnologia do Exército. Atualmente, 62% de todas as aquisições que a instituição faz vêm de São Paulo, informou ele, lembrando que a entidade atua em todo o território nacional e as demandas são grandes. “O Exército é uma instituição séria e tem muita coisa para mostrar à sociedade na área de ciência e tecnologia e em relação a valores e administração de pessoal. Indústria aliada às Forças Armadas é um País que avança”, finalizou.
O termo assinado com a Udesc formaliza a união de esforços entre as instituições para promover a ciência, tecnologia e pesquisa, além da construção de projetos de interesse comum. O reitor da Udesc, Marcus Tomasi, afirmou que para proporcionar uma formação melhor aos profissionais, precisa estar em linha com a atividade produtiva. “Tenho dito que o nosso grande legado vai ser o desencapsulamento da universidade. Nesse sentido, saímos daqui contentes e imbuídos de um propósito. Podem contar com a Udesc. É um momento de emanarmos pelo desenvolvimento de Santa Catarina, que é um Estado sui generis”, concluiu.
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