Florianópolis, 21.11.2019 – Projetos voltados para a elevação da escolaridade do trabalhador e para a qualificação técnica têm mobilizado instituições de todo o estado. As ações são conduzidas pelas Câmaras Regionais do Movimento Santa Catarina pela Educação e foram apresentadas nesta quinta-feira (21) aos integrantes do Conselho de Governança do Movimento Santa Catarina pela Educação. A reunião ocorreu na FIESC, em Florianópolis.
Este ano, 34 projetos foram submetidos ao comitê técnico do Movimento e 16 foram recomendados para execução com investimentos de R$ 160 mil reais. Em Jaraguá do Sul, por exemplo, entidades atuam na construção de um ecossistema de educação profissional. O objetivo é ampliar em 10% o número de matrículas na educação profissional, em relação ao mesmo período do ano anterior, considerando o resultado de todas as instituições envolvidas. No Centro-Norte e no Sul, os projetos visam ampliar a oferta de educação de jovens e adultos por meio do fortalecimento da rede ofertante.
Uma das estratégias para melhorar o cenário catarinense, no qual 28,9% dos trabalhadores formais não possuem a escolaridade básica completa, é a ampliação da oferta da educação de jovens e adultos aliada à formação técnica. A meta em SC é ampliar em 10% essas matrículas de acordo com o Plano Nacional de Educação. Em Santa Catarina, mais de 40% dos jovens de 15 a 17 abandonam a escola por falta de interesse e 38% para trabalhar, em busca da própria renda, segundo levantamento da Fundação Getúlio Vargas, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou o trabalho conjunto que as entidades empresariais vêm executando na defesa dos interesses do setor produtivo. “Queremos o melhor caminho para que o país encontre o rumo do crescimento e do desenvolvimento. Em visita a Israel, descobrimos um país extremamente desenvolvido, com tecnologias aplicadas em vários setores”, comentou, lembrando que Santa Catarina se assemelha pela busca de soluções com base tecnológica. “A educação é um dos caminhos para alcançar estas soluções e como federação de indústria, estamos focando muito na capacitação empresarial e dos trabalhadores, que é o nosso DNA”, explicou. Na missão realizada a Portugal neste mês, a FIESC firmou convênio com a universidade de Lisboa.
“Alguns indicadores educacionais nos preocupam, mas temos competência e vontade de virar esse jogo. Estamos investindo em creche, sentimos a necessidade e é uma demanda da sociedade”, salientou o presidente da Fecomércio, Bruno Breithaupt.
Fabrizio Pereira, diretor regional do SENAI, frisou que a educação segue sendo uma das agendas centrais da FIESC. “Nos próximos dez anos devemos incrementar matrículas, investimentos e infraestrutura para ampliar essa cobertura no estado”, antecipou.
Prêmio SC pela Educação – Na reunião, o Movimento lançou a quarta edição do Prêmio SC pela Educação, que no próximo ano incluirá a categoria Solução de Tecnologia em Educação. As inscrições serão realizadas de janeiro a março de 2020 e a premiação ocorre em maio.
Pesquisa de impacto – O Movimento realiza nos próximos meses pesquisa para identificar o quanto o engajamento das empresas com ações educacionais amplia a produtividade. O trabalho tem início com o marco lógico, um instrumento gerencial que facilita a elaboração, execução e avaliação de projetos. O seu objetivo é organizar a estrutura do processo de planejamento e informação essencial relativa ao projeto. A partir dele é possível verificar se a soma dos esforços está trazendo o resultado desejado.
Conselheiros defenderam a formação do professor para atender à nova Base Nacional Comum Curricular e destacaram iniciativas para a modernização do ensino médio e o uso de tecnologias disponíveis. Também reforçaram a importância de elevar a qualidade da educação no ensino fundamental, fortalecendo o ensino das crianças nos anos iniciais.
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