Florianópolis, 2.9.2021 - O potencial da indústria catarinense para ampliar o fornecimento de bens e serviços às Forças Armadas e a possibilidade de parceria com os Institutos da Indústria, do SENAI, foram debatidas em reunião da Federação das Indústrias (FIESC) com uma comitiva das Forças Armadas. O encontro foi realizado na sede da Federação, em Florianópolis, nesta quinta-feira, dia 2.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, salientou que a entidade, por meio do Comitê da Indústria de Defesa, o Comdefesa, tem feito um relevante trabalho de aproximação entre a indústria e as Forças Armadas e também com o Ministério da Defesa. “É um trabalho fundamental e esse papel o Comitê tem feito com bons resultados. A área de defesa nacional é um cliente importante para as nossas indústrias porque consome produtos que as empresas catarinenses podem fornecer. Já temos no estado 13 Empresas Estratégicas de Defesa”, disse. Uma empresa é reconhecida pelo Ministério da Defesa como estratégica de defesa quando dispõe de conhecimento e tecnologias essenciais para a manutenção da soberania nacional.
Aguiar também apresentou à comitiva um panorama da indústria catarinense e como ela contribui para que o estado tenha um desempenho superior à média brasileira em indicadores como o emprego (menor taxa de desocupação, de 5,8%) e ocupa a segunda posição no ranking de competitividade.
“É sempre motivante vir para Santa Catarina, ver as oportunidades e coisas concretas”, disse o general Guido Amin Naves, chefe do departamento de ciência e tecnologia do Exército. Ele destacou que há interesse em conhecer os Institutos da Indústria. “Temos interesse em manufatura aditiva. É importante para nós”, declarou. Ele informou ainda que estão se iniciando as discussões do plano estratégico do Exército para 2024-2027 e mesmo que haja empresas já contratadas no âmbito de programas e projetos, sempre há espaço para que fornecedores possam agregar e se aproximar das empresas já contratadas para fornecer componentes e peças, por exemplo.
O presidente do Comdefesa, Cesar Olsen, disse que o comitê catarinense é um dos mais atuantes do Brasil. “Não há defesa sem a participação da indústria local. Em breve teremos 16 empresas estratégicas de defesa”, disse. Ele destacou que os maiores orçamentos do Brasil são para projetos militares, e citou como exemplo a execução do Projeto Classe Tamandaré, que vai construir em Itajaí quatro fragatas. Além disso, Olsen lembrou que a FIESC e a Base Aérea vão realizar a segunda edição da SC Expo Defense em maio de 2022. “É uma demonstração de integração e da pujança da indústria catarinense”, resumiu.
Ainda durante o encontro, o diretor de inovação e competitividade da FIESC, José Eduardo Fiates, apresentou o trabalho realizado pelos Institutos da Indústria em Santa Catarina, que podem atender demandas das Forças. A comitiva militar vai visitar nesta quinta e sexta as unidades de Florianópolis e Joinville.
Em reunião nesta quinta-feira, dia 2, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, apresentou um panorama do setor no estado, que pode ampliar o fornecimento de bens e serviços à Defesa nacional. Militares também conheceram o trabalho dos Institutos da Indústria, do SENAI, e as áreas em que podem surgir parcerias, especialmente em inovação e tecnologia