Florianópolis, 16.11.2023 - A parceria inédita de várias instituições para a transformação digital de micro, pequenas e médias indústrias brasileiras marcou o lançamento do novo programa Brasil Mais Produtivo, realizado nesta quinta-feira (16/11) na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.
O programa vai destinar R$ 2,037 bilhões para o engajamento de 200 mil empresas, das quais 93,1 mil receberão atendimento direto. Ao final do processo de maturidade digital, que envolve várias etapas, ao menos 8,2 mil empresas devem alcançar a chamada “fronteira tecnológica” – com instalação de sensores digitais na linha de produção, interligação de sistemas por computação em nuvens, utilização de Big Datas, IoT (internet das coisas), impressão 3D e inteligência artificial.
“Aumentar a produtividade e acelerar a transformação digital nas nossas indústrias são medidas essenciais para o sucesso da política de neoindustrialização. O novo Brasil Mais Produtivo representará o início de uma era de aumento da competitividade das micro, pequenas e médias indústrias brasileiras”, disse Ricardo Alban, presidente da CNI.
Para fortalecer a iniciativa, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) integrou ao programa as instituições financiadoras BNDES, Finep e Embrapii, que agora se somam às parcerias já consolidadas com ABDI, Sebrae e SENAI – esses dois últimos como executores e com aporte de recursos próprios.
Também farão parte do programa os ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp).
“Nós temos de ter humildade de reconhecer que o Brasil há 40 anos perde produtividade (…) e precisamos agir na causa dos problemas para ter um crescimento econômico forte, sustentável, que gere emprego e renda para a nossa população”, afirmou o vice-presidente e ministro do MDIC Geraldo Alckmin.
Funcionamento do programa
O Brasil Mais Produtivo existe desde 2016. De lá para cá, as instituições parceiras têm atuado separadamente em duas frentes: enquanto o Sebrae presta consultorias ao setor de Comércio e Serviços, o SENAI atende a indústria.
Na nova configuração, as unidades do SENAI e do Sebrae atuarão de forma coordenada, identificando as metodologias que melhor se aplicam às empresas atendidas, com técnicas para promoção de manufatura enxuta e eficiência energética, adoção de melhores práticas de produtividade e digitalização da gestão do negócio.
Nas etapas de apoio à transformação digital propriamente dita, o primeiro passo será a elaboração de diagnóstico da maturidade para adoção de tecnologias industriais inteligentes, seguido de elaboração de projeto customizado, solução de financiamento e acompanhamento da implantação.
A porta de entrada para todas as empresas que pretendem participar do Brasil Mais Produtivo, inclusive dos setores de comércio e serviços, que continuarão a ser atendidos normalmente, é o site da ABDI, que vai direcionar os interessados para as modalidades do programa e para as respectivas páginas dos parceiros Sebrae e SENAI.
Para esta nova fase do programa, o SENAI desenvolveu uma plataforma digital com materiais, cursos e ferramentas de produtividade e transformação digital que facilitarão o aprendizado e a aplicação contínua por parte das empresas.
Com informações do MDIC e da CNI.