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Com cadeia de suprimentos, indústria reage a riscos e oportunidades 

No segundo dia de formação do Programa Internacional de Educação Executiva, promovido pela Academia FIESC de Negócios, Vishal Gaur abordou a importância de criar cadeias com processos e tecnologias que permitam prever, preparar-se e reagir com rapidez


Florianópolis, 21.10.2022 - Indústrias do mundo todo vêm enfrentando desafios com a falta de suprimentos, além dos efeitos disso na cadeia logística. Para Vishal Gaur, professor de gerenciamento de produção e de operações, tecnologia e informações no SC Johnson College of Business, planejar-se para as disrupções na cadeia de suprimentos é a chave para enfrentar este cenário. Ele é especialista em tomada de decisão baseada em dados e conduziu nesta sexta-feira (21) as atividades do último dia do Programa Internacional de Educação Executiva, oferecido pela Academia FIESC de Negócios.

Gaur provocou diversas reflexões, questionando aos participantes da formação como eles lidam com as situações de ‘disrupções’ que enfrentam em suas cadeias de suprimentos. Executivos lembraram a greve dos caminhoneiros, em 2018, a recente falta de contêineres, a escalada no preço dos fretes e como isso afetou toda a cadeia. “Tipicamente, a maior parte das empresas pensa no ciclo de entrega atual, e não pensa no risco a longo prazo, no caso de ocorrer um desabastecimento, por exemplo. É preciso fazer a gestão dessas disrupções e saber que haverá trocas: você ganha uma coisa, perde outra”, destacou Gaur, já introduzindo o tema resiliência. Para o especialista, cadeias de suprimentos devem ser criadas com processos e tecnologias que permitam prever, preparar-se e reagir com rapidez a futuros riscos e oportunidades.  

Impacto na indústria

Quando há disrupções no fornecimento de matéria-prima, há impacto no custo. De acordo com Vishal Gaur, essas ocorrências “aumentam a necessidade de inventário e podem resultar em atraso nos pedidos do cliente”. Para contornar isso, a companhia precisa ter fontes de suprimentos redundante, o que implica mais custos. Por isso, acrescenta o especialista, o planejamento antecipado deve levar em conta também a realidade dos fornecedores. 

Para ilustrar sua fala, Gaur usa como exemplo a recente falta de semicondutores enfrentada por diversas indústrias, entre elas, a General Motors. A indústria automotiva possui uma das mais complexas cadeias de suprimento do setor produtivo. Quando comparado à cadeia de suprimentos da Apple, a diferença é drástica porque a gigante americana tem uma cadeia de fornecedores simplificada. “O resultado disso é mais controle, menor risco, melhor comunicação e mais velocidade no atendimento do pedido e na implementação de mudanças. Por isso, é importante entender o desenho da sua cadeia”, explica. A ligação direta com os fornecedores reduz o risco de faltar componentes e simplifica processos, aumentando a confiabilidade da entrega, afirma Gaur. 

Conheça a sua cadeia de suprimentos

Outro aspecto importante, segundo o especialista, é conhecer não apenas os fornecedores imediatos, mas aqueles que estão no final da cadeia. “Quem são meus parceiros? São locais, globais? Você também deve se preocupar com o desenvolvimento da sua cadeia de suprimentos”, alertou. 

Vishar lembrou ainda que, sempre que as empresas definem suas metas, devem levar em conta custo, eficiência, crescimento, qualidade, resposta às disrupções e mitigação de riscos. “Mitigar riscos exige uma cadeia menos complexa. Quando a gente faz a gestão dessas cadeias, muitas vezes o foco está nos custos. Ao tentar baixar os custos para atender as exigências do cliente, a gente aumenta os riscos e nos leva a complicar a nossa cadeia. Tomamos decisões para ficar mais eficientes e, no entanto, eficiência é o oposto de risco. Preciso reduzir custos para sobreviver, mas também preciso reduzir riscos”, repara, sugerindo equilíbrio nesta equação. 


Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

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