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Cidades do futuro devem desenvolver competências para suprir população

Pesquisador do Insituto Fraunhofer participou de fórum sobre os desafios enfrentados pelas cidades, realizado no primeiro dia do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Joinville

Confira a cobertura fotográfica completa do EEBA no Flickr da FIESC
 

Joinville, 21.9.2015 – Para assegurar o futuro de cidades como Joinville, algumas competências precisam ser desenvolvidas, como afirma o pesquisador Görge Deerberg, do Instituto Fraunhofer, da Alemanha. Entre os aspectos que precisam ser aprimorados estão: sistemas de energia urbana, transporte público, planejamento imobiliário, reutilização da água, tecnologia da comunicação, logística, segurança e proteção, e processos urbanos. O tema foi debatido no fórum Desafios enfrentados pelas cidades e integrou programação do Encontro Econômico que ocorre em Joinville até esta terça-feira (22). 

“O cidadão inteligente do futuro não quer ser governado, quer participar do governo. Tudo isso só pode ser resolvido de forma integrada, por isso precisamos juntar especialistas de várias áreas”, destacou Deerberg. “É importante também pensar no desenvolvimento urbano sustentável. Nas grandes cidades temos grandes tarefas para resolver. O mundo não será capaz de alimentar todas as pessoas que querem melhorar seu padrão de vida”, alertou o pesquisador, alegando que Joinville está no caminho certo para ser uma cidade do futuro. 

O prefeito de Joinville, Udo Dohler, que participou dos debates, ressaltou iniciativas do seu governo em prol de uma cidade mais sustentável. “A mobilidade é um tema complexo, eu enfrento isso. Já temos um plano de mobilidade urbana com leitura do que deve ocorrer em Joinville nos próximos 15 anos. A expectativa é daqui há 30 anos triplicar a economia do município e isso nos remete ao desejo de construir cidades mais sustentáveis”, disse. “O custo para assegurar o desenvolvimento social é cada vez maior. Nosso modelo tem sido cuidar das áreas mais pobres e chegar até o centro da cidade. Dessa forma tivemos importantes avanços em educação e temos 1/3 da população com acesso ao tratamento de esgoto”, frisou.  

O secretário de saneamento ambiental do Ministério das Cidades, Paulo Ferreira, falou sobre desafios e oportunidade em relação aos recursos hídricos. “A crise hídrica que estamos enfrentando é relativamente anormal e a solução passa por um adequado e correto planejamento, mas a essa altura, discutir isso não resolve o problema dessas cidades”, afirmou. “Do ponto de vista tecnológico tem um grande espaço para cooperação com entidades internacionais. A Alemanha tem grande expertise em tratamento de água e esgoto, prevenção a riscos de drenagem e problemas pluviais, além de competência no tratamento de resíduos sólidos urbanos”, salientou.

Christoph Busch, CEO do Centro de Competência de Resíduos da empresa alemã AVG Cologne, afirmou que os resíduos não podem ser largados na natureza. “Conheci no Rio do Janeiro um aterro que segue padrões muito bons. Mas os resíduos podem ser utilizados em algo melhor, como a geração de combustível. Podemos apoiar com a oferta de tecnologias para o tratamento desses resíduos”, sugeriu Busch. 

Thomas Berger, diretor da Sapotec Diagnóstico e Remedição Ambiental, defendeu que um planejamento adequado e integral é o principal desafio no tratamento de água e de resíduos. Ele reiterou o discurso de Busch sobre a transferência de tecnologia alemã como aliada neste processo. O debate foi mediado pelo diretor da Figwal SAO, Deonísio Petry. 


Elida Hack Ruivo
Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina
elida.ruivo@fiesc.com.br
(48) 3231 4244 - (48) 91762505

 

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