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Catarinenses vão a Brasília disputar Festival SESI de Robótica 

Competição nacional reúne 2 mil jovens de todo o país e reforça a importância do ensino da robótica na educação básica; as melhores equipes se classificam para disputas internacionais da FIRST


Florianópolis, 14.03.2023 - Estudantes catarinenses, de escolas públicas, privadas e da rede de educação básica do SESI e do SENAI - a Escola S, vão a Brasília disputar a etapa nacional do Festival SESI de Robótica. A entidade é a operadora oficial das competições da FIRST. O torneio ocorre de 15 a 18 de março na Arena BRB Mané Garrincha e reúne 2 mil jovens de todo o país. O evento reforça a importância do ensino da robótica na educação básica, despertando nos estudantes a atração por carreiras mais tecnológicas. 

Participam jovens de Blumenau, Concórdia, Criciúma, Florianópolis, São José, Rio do Sul e Tubarão. A competição de robótica educacional, considerada a maior do Brasil, é aberta ao público. Os competidores, com idade entre 9 e 19 anos, desembarcam em Brasília depois de meses dedicados à programação e à construção de robôs e ao desenvolvimento de projetos sociais e de inovação. 

“Na rede de educação básica do SESI e do SENAI em Santa Catarina, a robótica já está consolidada como uma relevante ferramenta de aprendizagem”, explica o diretor de educação e tecnologia da FIESC, Fabrizio Machado Pereira. “Essa é uma característica muito peculiar da educação que oferecemos, focada no ensino da ciência, matemática, engenharia e tecnologia. Também temos avançado na capacitação de estudantes da escola pública, por meio de parcerias que vêm sendo firmadas com prefeituras para a oferta de cursos no contraturno escolar”, ressalta, destacando o impacto da robótica, inclusive, na educação pública. 

Torneio em Brasília tem diversas atrações gratuitas

Além do torneio de robótica, que mostra o impacto da metodologia de ensino STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes/Design e Matemática) na formação pessoal e acadêmica dos jovens, o evento terá uma programação paralela, que inclui: 

- Oficinas makers do SESI Lab gratuitas para as famílias nos quatro dias de evento, com montagem de carrinho movido à vela e a motor, lançador de foguete e robô; 
- Seminário Internacional SESI SENAI de Educação, com a participação de especialistas e representantes do Ministério da Educação para discutir políticas e inovações na educação brasileira, na quinta-feira (16) a partir das 14h e na sexta (17) das 9h às 16h30; haverá transmissão pelo Youtube dos canais do SESI e do SENAI.  
- Exposição sobre o papel da educação na reindustrialização do país, com projetos desenvolvidos pelo SESI, pelo SENAI e por seus estudantes. 

Entenda como funcionam o torneio e as modalidades 

A competição de robótica acontece em quatro modalidades, que variam de acordo com o desafio, o porte do robô e a idade dos competidores: 

FIRST LEGO League Challenge (FLL): alunos de 9 a 16 anos formam equipes de 2 a 10 integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em 2 minutos e meio em três rounds. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada, que, neste ano, é Energia. Cerca de 700 estudantes divididos em 100 equipes (3 equipes de garagem, 11 de escolas públicas, 19 de escolas privadas e 67 de escolas SESI).  

FIRST Tech Challenge (FTC): estudantes do ensino médio constroem robôs maiores, de até 19kg, a partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma variedade de níveis de programação baseada em CAD, Java e Blocks. Os competidores desenvolvem um portfólio de engenharia para detalhar o funcionamento dos robôs, que devem cumprir atividades, como carregar blocos, em uma arena. Serão 490 alunos, de 55 equipes (2 de escolas públicas, 4 de escolas privadas e 49 de escolas SESI e SENAI). 

FIRST Robotics Competition (FRC): categoria mais complexa, envolve alunos do ensino médio, que constroem e programam robôs de porte industrial, que chegam a 55 kg e têm mais de 1,5 metro de altura, para também realizar tarefas em uma arena. Esse é o primeiro ano em que o Brasil realiza uma etapa classificatória para o mundial, em Houston, nos Estados Unidos. A competição é bastante consolidada lá fora, onde os times são patrocinados por grandes empresas, como General Motors, Apple, Xerox, Google, GE Energy, Toyota, que acabam utilizando o torneio para identificar talentos. Serão 520 estudantes, de 44 equipes (3 equipes da Colômbia, 9 de escolas públicas, 3 de escolas privadas e 29 de escolas SESI e SENAI). 

F1 in Schools: o projeto educacional da FÓRMULA 1 instiga os estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento. Serão 240 estudantes, de 45 equipes (todas de escolas SESI).

Vídeo: entenda as modalidades de robótica:

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Estudantes brasileiros já receberam mais de 100 prêmios internacionais 

De maneira pioneira no Brasil, o SESI começou a implementar o programa de robótica internamente nas suas escolas em 2006 e, em 2012, passou a realizar as competições da organização internacional FIRST no Brasil para competidores da própria rede e de outras instituições de ensino. Já são 11 anos operando a modalidade FLL; e, em 2018, o SESI começou com o FTC. Este ano é a estreia da FRC. 

Já passaram pelos torneios de robótica organizados pelo SESI mais de 30 mil estudantes e, no decorrer desses anos, os competidores brasileiros conquistaram 101 prêmios internacionais; que deixaram como legado para o país uma nova geração de pesquisadores e engenheiros. 

Destacam-se aí os estudantes catarinenses, que estiveram presentes em diversas competições internacionais. A última delas foi em Silverstone, na Inglaterra, um dos principais circuitos da Fórmula 1. Estudantes catarinenses da Escola S de Criciúma formaram uma nova equipe com competidores da Irlanda para disputar a F1 in Schools, projeto educacional da Fórmula 1 para estimular o aprendizado STEAM. O carro desenvolvido pela equipe Spark ficou entre os 15 mais velozes do mundo. O automotivo, apelidado de Paparounis em homenagem a um ex-mentor da equipe, tem um estudo muito focado nas asas traseiras e frontais, por meio de um delineamento frontal. Nas pistas, a miniatura alcançou 72 km/h e obteve o 13° melhor desempenho entre os 53 carros que participaram da disputa. 


Assessoria de Imprensa
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC

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