Brasília, 19.8.2015 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com outras confederações do setor produtivo e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), lançaram nesta quarta-feira (19), a Carta à Nação, um documento em que apontam as ações estruturais que devem ser tomadas de imediato para que o Brasil enfrente a crise ética, política e econômica que atravessa. A carta é a primeira medida do Fórum lançado também nesta quarta-feira. O grupo, formado ainda pela Confederação Nacional do transporte (CNT) e pela Confederação Nacional de Saúde (CNS), será permanente, apartidário e independente, e vai apresentar propostas para que a sociedade civil tenha um papel ativo na construção de um país mais seguro juridicamente.
No final da semana passada, a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) e a CNI lançaram o manifesto “O Brasil que todos queremos”, documento em que as entidades destacam que o País vive um momento grave e complexo, mas que é preciso evitar que a crise se aprofunde e torne ainda mais difícil a superação dos problemas. O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, disse que é preciso chamar atenção para a necessidade imperiosa de uma atenção especial para a indústria, com redução imediata dos custos de produção, evitando, assim, que o custo dos ajustes fiscais recaia, sobretudo, sobre os trabalhadores que estão perdendo o seu emprego”, afirmou.
"Vemos uma grande oportunidade para a gente trabalhar não em questões corporativas e pontuais, mas em medidas estruturais que possam trazer de volta a governança e governabilidade de nosso país", afirmou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, nesta quarta-feira.
No dia 9 de setembro, o Fórum promoverá seu primeiro encontro com outras entidades para discutir como as propostas podem ser concretizadas. Devem participar o Ministério Público, representantes do Judiciário e Tribunal de Contas da União. "Precisamos mudar o foco das nossas reivindicações e deixar de pensar em causa própria. Fazemos parte de um todo e precisamos juntar forças para resgatar uma situação que nos leve a vencer nossas dificuldades", disse o presidente da CNS, Renato Merolli.
O documento reforça que "é preciso implementar, de maneira célere e efetiva, medidas para melhorar o ambiente de negócios no país, evitando o crescimento do desemprego ou o prolongamento da recessão". Entre as propostas apresentadas, estão a necessidade de se cortar gastos públicos, reduzir a insegurança jurídica, dar força aos órgãos de investigação, investir em infraestrutura e reduzir a burocracia.
"Precisamos ter segurança jurídica para que o investidor saiba que pode investir. Estamos convivendo hoje com mudança de regras a todo momento, principlamente na área trabalhista. Isso que precisamos mudar. E só vamos mudar com reformas estruturais", reforçou Robson Braga de Andrade. "O capital estrangeiro exige segurança jurídica duradoura", defendeu o presidente da CNT, Clésio Andrade.
O objetivo do Fórum será o de evitar o aumento do desemprego no país, garantiu o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho. "A disputa política existente hoje não pode atingir o emprego dos brasileiros."
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Com informações da Confederação Nacional da Indústria (CNI).