Florianópolis, 28.6.2023 – Detalhes do Programa Rota 2030, recursos para pesquisa e inovação e projeções de curto prazo para o mercado automotivo foram alguns dos temas abordados na reunião da Câmara de Desenvolvimento da Indústria Automotiva da FIESC. O encontro foi realizado nesta terça-feira, dia 27, no Instituto SENAI de Inovação em Sistemas de Manufatura e Processamento a Laser, em Joinville.
O analista de inovação do Sindipeças, Diego Costa, destacou como o Programa Rota 2030 pode auxiliar as empresas, desde o aporte de recursos para pesquisa e inovação até a compra de máquinas e equipamentos, com financiamento via BNDES. “Nosso papel é ser um facilitador e auxiliar as empresas associadas. O Programa Rota 2030 é um dos maiores programas de inovação e incentivo à pesquisa no país hoje”, disse, salientando que o Sindicato, no Brasil, tem 500 indústrias associadas. Desse total, cerca de 200 empresas já participaram de alguma ação dentro do Rota 2030. Ele também deu exemplos de empresas que participaram de projetos dentro do Rota. Um deles resultou na criação de equipamentos elétricos de recarga para automóveis e o outro captou recursos para desenvolver um projeto baseado em inteligência artificial para melhoria de processo produtivo.
O Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística é uma iniciativa do governo federal com foco no desenvolvimento do setor automotivo no país. Ele contempla, entre outras medidas, um regime tributário especial para importação de autopeças sem produção nacional equivalente, incentiva o aumento da inserção global da indústria automotiva brasileira, por meio da exportação de veículos e autopeças, e estimula a pesquisa e inovação.
No encontro, o gerente de inovação e tecnologia do SENAI, Maurício Cappra Pauletti, apresentou o trabalho desenvolvido pela rede de institutos de inovação e tecnologia e como a entidade pode auxiliar o setor automotivo. “Tem muitos recursos, muitas vezes não-reembolsáveis, destinados a projetos e consultorias que nem sempre chegam às empresas. “Acabamos nos especializando em buscar recursos não-reembolsáveis para trazer para as indústrias porque a captação tem uma série de regras, restrições e prestação de contas que nem sempre é fácil gerenciar. Então temos um escritório de projetos que trabalha no entendimento das fontes de fomento para trazer para a indústria as possibilidades de captação e ajudar a elaborar projetos”, explicou.
Sérgio Galletto Júnior, gestor de inteligência de mercado da Schulz, apresentou as perspectivas do mercado de mobilidade, tanto para carros quanto para motos e caminhões – e destacou que a alta taxa de juros afeta o consumo.
Ao final da reunião, os participantes realizaram visita técnica ao Instituto da Indústria, conduzida pelo gerente de operações de inovação, Ariel Paulo Rezende.
Encontro, realizado nesta terça-feira, dia 27, em Joinville, contou com palestras de representantes do SENAI, do Sindipeças e da Schulz