Florianópolis, 27.10.2016 – A avaliação do ciclo de vida dos produtos é assunto relativamente novo no Brasil, mas ganhará força nos próximos anos com exigências da Comissão Europeia que devem entrar em vigor em 2020. A informação é da professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Cássia Lie Ugaya, que ministrou palestra sobre o tema em seminário promovido pela Câmara de Qualidade Ambiental da FIESC em conjunto com o SENAI. O encontro, realizado nesta quinta-feira (27), em Florianópolis, integra o Plano de Sustentabilidade para a Competitividade da Indústria Catarinense.
O ciclo de vida é um processo que avalia desde a extração e produção de matérias-primas, fabricação, uso, manutenção, transporte até o final da vida do produto. Com a exigência europeia, Cássia disse que há uma lista extensa de produtos que terão que se adaptar a esse processo. Entre eles estão café, couro, sapato, tinta e detergente, exemplificou. A medida vai afetar todas as empresas, sejam exportadoras ou não. “Futuramente, será uma restrição que vai aparecer. Mas também pode ser uma oportunidade de negócio para quem está preparado e está à frente”, disse a professora, salientando que as novas tecnologias podem ser aliadas nesse processo.
“O tema ciclo de vida está iniciando no Brasil. A sociedade está pedindo e quer saber o quanto representa em eficiência, recursos naturais e sociais os produtos que saem das fábricas”, afirmou o presidente da Câmara, José Lourival Magri. Ele lembrou que no Brasil há legislação que trata do assunto. Inclusive há um plano do governo federal que prioriza a compra de produtos sustentáveis.
Durante o seminário, foram apresentadas as iniciativas do Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental, além de case do Grupo Boticário.
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